Capítulo 15

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"Nada existe de grandioso sem paixão."

Georg Wilhelm Friedrich Hegel



Estavam os três sentados terminando sua refeição quando o Uchiha passou saindo da estalagem, Juugo e Karin se encararam, a ruiva olhou para o azulado que não denotava expressão alguma.

Então o maior deles se levantou e foi atrás de Sasuke.

Eles não se olhavam, o silêncio entre ambos era aterrador.

-Vou me deitar.

Suigetsu disse se levantando deixando a ruiva sozinha na mesa

Ela apenas suspirou e ajeitou os óculos

Sempre que ficava nervosa repetia esse ato.

Por fim se pôs de pé e foi para o andar superior, olhou para a porta do quarto dos companheiros de equipe mas se direcionou para a outra, abriu e constatou estar tudo escuro.

Ela se aproximou da cama, pensou que a rosada talvez estivesse dormindo mas assim que viu o brilho esverdeado olhando para o nada percebeu estar errada.

-Porque não desceu pra comer?

-Colocaria tudo pra fora com certeza.

Sakura disse sem muita emoção.

Karin se aproximou mais um pouco

-Sabe que não deve ficar sem se alimentar

A cerejeira dirigiu o olhar para a ruiva

-Meu único erro foi ter amado ele, e eu tenho me amaldiçoado por isso todos os dias desde que esse inferno começou.

Karin nada disse

-Se você tiver uma chance, uma mísera chance sequer de se livrar disso, dessa maldição que é amá-lo, livre-se dela o quanto antes e vá ser feliz.

A ruiva levou as mãos aos aros dos óculos então se virou pronta para se retirar

Mas da porta ela olhou para a figura deitada, a pequena saliência em seu ventre levemente visível sendo protegida pelas finas mãos da rosada.

-Sakura...

Os orbes caíram sobre ela

-Obrigada.

E então fechou a porta.

Ainda com a mão na maçaneta olhou para a outra porta um pouco mais adiante, puxou o ar e foi até lá.

Ajeitou levemente os cabelos e bateu na porta

Nenhuma resposta foi ouvida.

Será que ele já estava mesmo dormindo?!

Um homem acostumado a virar a noite na rua com Sasuke não dormiria tão cedo assim

Bateu mais uma vez e após mais alguns instantes de silencio decidiu entrar

Abriu a porta levemente, apenas a luz do abajur sobre a mesinha entre as duas camas iluminava o ambiente.

Ele estava deitado de olhos fechados e com os braços atrás da cabeça.

-O que você quer?

-Vim ver como você está.

Disse simplesmente.

-Estou bem, posso cuidar das ataduras sozinho.

Karin engoliu em seco.

Na noite anterior, após o beijo, ela não soube o porquê mas sentiu desespero, pegou os óculos da mão do Hozuki e saiu porta afora.

Olhos VermelhosOnde histórias criam vida. Descubra agora