Capítulo 18

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Esperando por um milagre
Eu não estou preparada para isso, mas não posso me mover até escolher
Eu preciso de uma bola de cristal
Estou desmoronando e não aguento mais
Em pé na encruzilhada
Não há resposta correta, o cérebro de ninguém para escolher
Sob o espião
Não há escapatória, eu sou um cervo capturado pelos faróis

Estou esperando um sinal
Algo me traz aqui
Não em uma bebida, não em uma deriva
Por favor, veja-me através de tristes metáforas
Eu estou aguentando firme pela vida

Deer In Headlights

Sia



A noite estava fria mas não é como se realmente sentisse.

O centro daquele vilarejo não era muito movimentado, mas todo lugar tinha um local como aquele, adentrou no bar e notou as poucas pessoas presentes prestarem atenção em sua forte presença.

Sentou-se na bancada e pediu um sakê.

Bebericou o líquido forte e transparente mas manteve sua atenção nos presentes, até que a mesma foi chamada pela figura sentada a poucos metros de si no mesmo balcão.

Era uma mulher bonita, esguia, exalava feminilidade com seus cabelos longos e dourados, as pernas cruzadas deixavam a mostra uma parte das carnes pálidas de suas coxas e o vestido azul marinho lhe caía bem, acentuando os seios medianos e extremamente atrativos.

Deu outro gole na bebida e direcionou o olhar para ela.

Pode vê-la se remexer no acento levemente sem jeito

Sorriu.

Estava ganha.

A encarou descaradamente e ergueu a lateral dos lábios lhe sorrindo sorrateiramente

Observou a mesma morder o lábio inferior

Deu o gole final no sakê e pousou o copo fazendo um barulho oco quando o mesmo bateu no balcão.

Deixou uma moeda pela bebida e antes de se retirar a mirou uma última vez.

E então saiu

A brisa noturna bateu forte em seu rosto quando alcançou a rua balançando as melenas negras as arrepiando ainda mais.

Então sentiu um cheiro doce lhe embriagar

Se virou e parou a centímetros do rosto dela.

Levou a mão grande e rude até a nuca e a puxou colando seus lábios

Pôde ouvi-la gemer.

A encostou na parede pouco iluminada da entrada do bar e devorou seus lábios com volúpia.

As mãos ágeis da garota passeavam pelas costas do Uchiha e seu desejo só aumentava.

Largou a boca arfante para escorrer seus lábios pelo pescoço fino e foi subindo

Então a mirou nos olhos

Olhos verdes e brilhantes

E quando ela foi lhe tocar o órgão sobre a calça ele parou sua mão

Ela lhe olhou intrigada

Sasuke se afastou soltando a mão da garota

Se virou e passou a caminhar, sumindo na escuridão da noite.



Adentrou no aposento já com a madrugada alta, deitou-se no futon e olhou para o teto distinguindo apenas formatos disformes devido à baixa luminosidade que existia  pela fraca luz que atravessava a janela e as cortinas claras no aposento.

Olhos VermelhosOnde histórias criam vida. Descubra agora