Oliver está bem melhor, seu braço já está totalmente bem, ele só não pode voltar mesmo a trabalhar e tem uns policiais agora fazendo uma escolta na casa dele. Isso é bom, me deixa tranquila, mas por outro lado me deixa triste, eu não tenho mais pretexto pra ir a casa dele, isso significa ficar sem as mãos dele em mim, ou sem a boca dele.
Aí meu pai... só de pensar no que fazemos me dá um calor daqueles, nós ainda não transamos. Oliver diz que não, mas eu sei que ele ainda tem receio perante o meu pai.Fica sempre fugindo do assunto, não entende que eu sou de maior e que mesmo que o meu pai queira, não pode impedir nada entre nós. Mas eu tenho quase certeza que a minha mãe o convence, ela sabe levar o meu pai como ninguém. Me concentro nas meninas que estão fazendo a aula, estão concentradas e lindas, pequenas e com sonhos assim como eu.
Me visto com as minhas roupas e enxugo os meus cabelos no processo. Eu vou direto pra casa, com o coração em frangalhos. Choramingo por não o ver hoje, não vou ter as mãos dele em mim, nem a boca, nem ficar agarrada a ele, meu santo, a devassa dentro de mim me manda inventar uma desculpa e fugir pra casa dele.
Sorrio com os pensamentos, quem sabe Noah pode muito bem me ajudar com isso. Não ele não pode, aquele linguarudo.—Aah! —Grito quando alguém me agarra por trás, me impedindo de virar e ver quem é, mas com o cheiro não é preciso nem ver, nem o ouvir.
—Não conhece o seu homem, pequena bailarina? —Pergunta com as mãos na minha boca e cheirando o meu pescoço.
—Oliver, por Deus, como entrou aqui assim?
—Eu entro em qualquer lugar, delicia. —Fala com a voz grave na minha orelha. —Eu senti tanto sua falta. —Dou risada.
—Oliver... Eu não vou pra lá hoje, você está bem.
—Não tô não. Eu ainda estou muito mal Beth. —Ele finge uma tosse, descarado. —Eu liguei pra sua mãe, não tenho coragem de mentir pra Will.
—Ah, então pra minha mãe você tem?
—Hmm, eu não menti pra sua mãe, até porque ela adivinhou antes mesmo de eu falar. —Seguro o riso, minha mãe sabe de tudo, eu fiz questão contar a ela já que ela vai me ajudar. Ela na verdade já está me ajudando.—Sei, então o que pretende fazer com a mentira?
—Bem, eu pedi pra você me ajudar com algumas coisas... E disse que eu levaria você pra casa logo depois.
—Eu queria não ter que voltar. —Falo, ele me vira em sua direção e beija a minha testa.
—Eu também Beth, eu vou resolver isso, vou falar com o William. – Arregalo os olhos.
-Primeiro eu tenho que falar com a minha mãe, ela vai convencer o papai a não te matar.
—Obrigada, me deixou muito seguro, eu... nossa.... Não sei como agradecer. —Ironiza com um sorrisinho no canto da boca. —Acho que merece um castigo por isso. – Abro a boca para protestar e ele me cala, tomando um beijo de tirar o meu fôlego, sua língua duela com a minha e sua mão percorre o meu corpo, me incendiando por dentro. —Você me alucina menina, eu quero tanto você. —Sussurra e eu sou capaz de entendê-lo, ele me deixa da mesma forma.
—Oliver... Alguém pode entrar. —O paro antes que as suas mãos entrem onde não deve e a gente acabe como dois selvagens aqui.
—Merda... Vamos pra casa. —Me puxa pela mão, o que eu posso fazer se não o seguir?
Não me surpreende ver que ele despistou os policiais que estavam na cola dele, tenho vontade de sorrir e bater nele ao mesmo tempo. Ele ama o que faz, mas sabe bem os riscos que corre e mesmo assim age como um louco...
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Rosa - Concluído
NouvellesElizabeth Kline a filha mais velha de Willian e Anne é uma menina doce e educada, sonhadora,apaixonada como a mãe, e sofre do mesmo problema, é loucamente apaixonada por um homem mais velho, Beth suspira toda vez que o amigo de seu pai. Oliver Conno...