O Elixir.

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Ao misturar fogo a escuridão
Me recriei.
Porém o ar fugia de meus pulmões, fui respirar quando vi nossas fotos em brasa e a folhigem tocava em minha face.
Foi tão difícil caminhar, como foi em minha primeira vez. Ao invés de engatinhar, me arrastava pelo chão gelido e úmido de um velho frigorifico.
Parecia como se fosse possível sentir o peso do mundo em minhas costas, me rastejar fazia minha pele aos poucos definhar e o caia, ficava negro como a mais bela noite, enquanto o que me restava apodrecia lentamente.
Era como sempre me senti, responsabilidades demais para alguém tão pequeno, assim como desejos demais para um sonhador de mentiras. E meus passos sempre vagarosos ditavam a caminhada, minhas escolhas burras e encontros & desencontros. Minhas lágrimas reprimidas eram o que havia de mais tóxico dentro de mim, corroendo meu coração e mente. Aplicando inúmeros pensamentos macabros e me fazendo sentir tanto medo de tudo... Por instantes me tornava o pequeno e ingênuo ser que necessitava de colo e atenção, mas ninguém veio e quando veio, era tarde demais. Já não era mais eu ali.
Tudo que por fim restava era apelar para a fé, me esgueirando por igrejas e seres sapios em sua crença. Infelizmente continuei perdido e até hoje estou.
Meu tempo se esgota a cada metro que dou e por fim, apenas tenho forças para fechar meus olhos e deixar fluir a vida dentre meus dedos, escapando, enquanto por algum motivo ainda tentava segurar, mas eu sabia que era tarde e eu estava pronto para morrer.

Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora