O fluxo que flui entre a água e a rocha.

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Se puder me escutar, fique em silêncio, pois somos um segredo.
Suas palavras são afiadas como adagas e independente do que fale, elas ainda cortam.
Posso ser como a água, mas também posso ser uma rocha. Porém decidi ser algo mais dócil e frágil.
E ser assim machuca, pois o que era para ser desviado ou nem me ferir, penetra em minha frágil carne e me faz sangrar.
É óbvio que ainda quero você, quero saber até onde tudo isso nos leva, mas entenda como dói.
Sei que sou vil, mas ainda sou humano em alguma parte de mim.
E no fim, por mais que o silêncio esteja gritante, ainda acredito nisso.
Te desejo o mundo, meu mundo, mas talvez você ainda queira pensar nisso.
Queria que se entregasse, mas isso seria como suicídio e sei que não está afim disso.
E por fim me pergunto, o que será desse mundo se continuar assim.
Eu talvez merecesse o escárnio para me tornar alguém melhor, falo de forma impulsiva e tem momentos que só queria estar em silêncio… mas certas coisas machucam mais, quando se está frágil e oferecendo seu lado mais sensível para te pegar nos braços.
Ou talvez esteja enganado e tudo era falso e me deparar com a verdade quebre a rocha dentro de mim em pedaços.
Já nem sei, só sei que espero que entenda que ainda te quero.
Basta saber o que realmente quer de mim, se vai ceder e oferecer você como um todo ou se o silêncio vai dominar e tomar tudo para si.

Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora