– Stark! Céus, para onde está indo?
Minha corrida é interrompida apenas quando chego na entrada de uma caverna. A cena com que me deparo ao recuperar o fôlego, entretanto, é aterradora: os dois seguranças designados previamente para fazerem a guarda de McCoy estavam mortos.
Ouço o médico agora mais próximo, com os batimentos altamente elevados.
– Droga, Stark! Eu sou médico, não um maldito corredor! O que você pensa que est-- Minha nossa...
A cena o choca de igual modo.
– Foram atacados – esclareço ao tentar rastrear com meus sentidos qualquer criatura que estivesse por perto.
Esperava que retrucasse o óbvio, porém a reação instantânea de McCoy é medir a pulsação dos homens em busca de batimentos, na esperança de que houvesse alguma chance de sobrevivência.
– Estão mortos – ele declara.
Com certeza estavam, mas eu não comentaria nada a respeito. Deixaria com que fizesse seu trabalho, como requerido anteriormente.
– Não há animais selvagens por perto, mas sinto um cheiro familiar no ar.
– Você foi criada por lobos ou algo do tipo? – questiona sério.
Sua pergunta em conjunto com a seriedade quase me tiram o foco, restando a vontade de rir. Em sua ficha constava que era um grande fã de literatura clássica. Ponderava se Mogli se encontrava em sua lista.
– Qual o diagnóstico, doutor?
– Já disse que não compreendo sua formação celular.
– Dos homens, sr. Bomberman.
Infelizmente o doutor não compreende minha referência de igual modo clássica. Pelo visto funcionava apenas com séries televisivas e livros.
Ele olha para os vermelhinhos novamente e mexe em seu tricorder, sacando a pequena peça metálica analítica do bolso para resultados mais detalhados.
– Contusão interna. Umas três ou quatro costelas quebradas.
– Como o rapaz que me acompanhava na Atlantis?
McCoy me encara surpreso.
– Não vai me dizer que a criatura que o atacou está aqui.
– Ela estava na nave, não é improvável que tenha se transportado conosco para cá também – observo o arredor.
– Temos que informar os outros imediatamente.
O médico pega seu comunicador e tenta uma chamada. Por algum motivo, aquilo parecia não surtir efeito algum.
– Aqui fala McCoy. Jim? Spock? Scotty? Droga, alguém responda, pelo amor de Deus!
Enquanto o doutor fazia suas tentativas de contato, eu procurava rastrear a criatura com qualquer elemento visual que mostrasse o caminho que tivera tomado. O Camaleão era inteligente, se movia sorrateiramente e não deixava rastros óbvios por conta de seu metamorfismo. Todavia, a falha de envio das ondas eletromagnéticas me fazia deduzir que ainda estava por perto.
– Techno, pode me ouvir?
° Alto e claro, Stark °
Possuía um limite de frequência. Já era um passo a frente ter ciência disso.
– Ótimo. Vamos até eles, doutor.
– O que? Não podemos deixá-los aqui!
– Não é minha intenção – digo ao jogar os homens em meus ombros.
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𝙎𝙩𝙖𝙧𝙠 𝘼𝙙𝙫𝙚𝙣𝙩𝙪𝙧𝙚𝙨: Star Trek
Ciencia Ficción"𝑂 𝑒𝑠𝑝𝑎𝑐̧𝑜, 𝑎 𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙. 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑠 𝑠𝑎̃𝑜 𝑎𝑠 𝑣𝑖𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 𝑑𝑎 𝑛𝑎𝑣𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑒𝑙𝑎𝑟 𝐸𝑛𝑡𝑒𝑟𝑝𝑟𝑖𝑠𝑒, 𝑒𝑚 𝑠𝑢𝑎 𝑚𝑖𝑠𝑠𝑎̃𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑐𝑜 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑒𝑥𝑝𝑙𝑜𝑟𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑑𝑒 𝑛𝑜𝑣𝑜𝑠 𝑚𝑢...