Capítulo 17

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Richard

Dezembro 2019 – Então é Natal...

Natal chegou, e o tempo passou voando. Hoje estamos comemorando o primeiro aninho da nossa princesa Sofia. Que alegria é poder ver como nossa menininha está cada vez mais esperta, independente e feliz. É quando vejo Sofy sorrindo, saudável e vivaz que tenho a certeza de que eu e Bea estamos fazendo um bom trabalho.

Nossa família e alguns amigos se reuniram aqui na nossa casa para celebrarmos o aniversário da Sofia. O tema não pode ser outro: natal. Por estar nevando forte, optamos em fazer a festinha aqui em casa. Transformamos a sala de jantar em um verdadeiro salão de festas, tudo em tons vermelho, dourado e verde. Ursos de pelúcia fazem parte da decoração, laços vermelhos, flores natalinas, rosas brancas, bengalinhas doces, assim como luzes brancas que caem em cascata por trás da mesa de doces e do bolo. Tudo lindo para nossa princesa natalina.

- Cadê a aniversariante? A princesinha do papai....

- Estamos aqui! – Grita Bea no nosso closet. E vou até elas – Estou horrorosa. Nada fica bonito em mim.

- Quem falou isso? Você está linda, e cada vez que te vejo eu me apaixono mais e mais por você.

- Não vou... Vem, vamos nos juntar ao Nico e receber nossos convidados. Vocês estão lindas e não sei nem descrever o que estou sentindo.

Descemos os quatro de mãos dadas e fomos aplaudidos. Nossos pais estavam visivelmente emocionados em ver onde chegamos. Seis meses tinham se passado desde o fatídico acidente dos meus amigos. Mas a dor da sua ausência era suprida por cada conquista de Sofia. Não foi e nem é fácil conviver com a ausência deles, sem o humor do meu amigo e a meiguice da minha amiga. Sofy tem muito deles. E só desejo muita luz para eles e que continuem a olhar por nós lá de cima. A cuidar de nós como sempre fizeram, inclusive depois da vida.

- Meu filho, estou tão emocionada, não tenho palavras para descrever esse momento.

- Nem eu mãe. Obrigado por tudo.

- Eu que agradeço por ter vocês na minha vida, e agora mais um netinho. Não vejo a hora de paparicá-lo.

- Vai com calma Mary. Que a vovó Emily aqui também vai paparicar muito

Rimos das duas. Era notório como meus pais e de Bea se derretiam pelos netos. E Louis nem tinha nascido ainda e já era paparicado por todos.

- Richard, podemos conversar a sós por um instante?

- Claro, vamos ao escritório.

- Bea, vou conversar rapidamente com meus pais. Você fica tranquila aí?

- Claro amor. Vocês precisam desse momento. Quem sabe o espírito natalino envolva o coração de vocês? Vá de peito aberto, ok?

Assenti e segui com ele até o escritório.

- Prometo que serei breve Richard. Até porque como você sabe, eu não sou muito bom com palavras com meus filhos como sou com meus eleitores

- Fica tranquilo pai. Estou aqui para te ouvir.

- Quando você e seu irmão nasceram, eu experimentei a felicidade plena. Vocês sempre foram e sempre serão, do meu jeito torto, a razão da minha vida. Então meu filho, peço perdão a você nos momentos que eu falhei como pai, como amigo. E eu sou extremamente orgulhoso do homem que você se tornou, tão diferente de mim e dou graças por isso.

Sua curta declaração me choca e eu fico brevemente sem saber o que fazer e até mesmo o que falar. A única coisa que faço é abraçá-lo. Ficamos envolto nesse abraço sem muito dizer, só depois é que crio coragem e digo a ele o que está entalado.

Um ano mesmo novoOnde histórias criam vida. Descubra agora