Um ano mesmo novo

Capítulo 12

Richard

- 3...2...1!!!!

- É um MENINOOOOOOOOO!!

Estouramos o balão e vários mini balõezinhos azuis sobem ao céu e uma chuva de papel picada azul cai sobre nós. Somos abraçados por nossos familiares e amigos. As pessoas me dão os parabéns como se eu fosse o pai do menininho da Bea. No fundo, no fundo eu espero que um dia ela me dê essa honra. Tenho mais três meses para poder mudar isso.

Sofia começa a chorar, assustada com a gritaria. Bea vai com ela para dentro de casa afim de acalmá-la. É tão lindo vê-la com o barrigão e carregando a Sofy no maior zelo e amor de mãe. Vejo como meu filho está cada dia mais apaixonado pela Bea. Autorizei que ela busque ele na escola, e ele não gosta quando ela não vai. Ele adotou os pais de Bea como avós. É vovô Phil para lá e vovó Emily pra cá, e eles mais que o babam.

Sou um cara putamente feliz. Meu filho está sabendo o que é viver amor de avós e não há nada nesse mundo que apague isso. Sofia também, é meu amorzinho. Cada dia mais grudada comigo. Adora dormir sob meu peito e muitas vezes um embala o outro e durmo também, quando percebo, Bea está a retirando de mim.

- Ela se acalmou? – pergunto ao entrar no quarto de Bea, ela se refugiou lá com Sofia. É calmo e silencioso o lugar, uma vez que a janela do quarto da Sofy dá para os jardins e hoje com o movimento está muito barulhento.

- Sim, estou dando um suquinho para ela. – Sofy está risonha e já quer ser independente e segura a mamadeira. Só não tem coordenação suficiente para dominá-la.

- E aí? Contente com o menininho que está a caminho?

- Muito. Não sei nem descrever o que sinto. Estou plena.

- Também estou feliz. Eu não pude viver essa experiencia com o Nico. Um dia eu estava de plantão e Adele resolveu ir na ultrassonografia sem me falar nada. Apenas recebi um sms "é um menino". Fiquei irritado pois eu queria ter vivido esse momento, queria estar do lado dela.

- Que situação Rich... Sabe, até hoje você não tinha mencionado o nome dela.

- Ela não é uma pessoa que tem o que ser mencionada. O que ela fez, principalmente com o Nico não tem perdão.

- Um dia vamos falar disso tudo. Acho que já está mais do que na hora de expurgarmos nosso passado não acha?

- Concordo.

- Ela acabou. Vou trocar a fralda e podemos voltar para a festa. Vou trocar o vestido também, está todo molhado de suor.

- Ok! Te espero lá embaixo. Beijo sua cabeça. Sou bem maior que ela, e essa diferença facilita que eu normalmente beije o topo da sua cabeça. Bea segue com Sofia para o trocador que fica em seu quarto e eu me dirijo à porta, antes mesmo tocar a maçaneta, ficamos paralisados com o que ouvimos.

- Papá.

Olhamos um para o outro e para Sofia, que está olhando para mim. Como se ela entendesse a dúvida que tínhamos ela repete "Papá" e abre os bracinhos para que eu a carregue.

- Ai meu Deus Richard! Ela te chamou de papai. – Bea fala com lágrimas nos olhos

- Sim sim sim!!! Oiii princesinha, sou seu papai Richard! Que alegria você está me dando meu amorzinho. Beaa vem cá! Precisamos do abraço de urso.

Abraço Bea e Sofy. Esse momento é único. E nunca pensei que pudesse viver essa alegria novamente.

- Fica assim agarradinho com ela. Precisamos registrar esse momento para o livro. O dia que ela falou sua primeira palavrinha.