[6] A teoria de um suborno

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Os corredores do Foutman Institute estavam estranhamente cheios naquela manhã

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Os corredores do Foutman Institute estavam estranhamente cheios naquela manhã. O colégio geralmente só ficava movimentado assim no início das aulas ou na época dos bailes, o que não era nenhum dos casos. Bom, o semestre estava acabando e os professores estavam fechando as notas, então quando botei meus pés no prédio e observei todo aquele movimento, concluí que o motivo era esse.

"Eu poderia matar alguém com a raiva que estou sentindo neste exato momento", murmurou Pearl, lançando um olhar de ódio para as líderes de torcida e alguns jogadores encostados nos seus armários que olhavam discretamente para ela. "Todo mundo sabe da briga entre eu e Mark, mas disfarçam. Queria que alguém tivesse a coragem de perguntar algo na minha cara."

"Todo mundo é falso por aqui. Se quer ouvir verdades nuas e cruas, saiba que o ensino médio não é o lugar correto para isso."

Ela me deu uma cara tão feia que parecia que havia acabado de chupar um limão inteiro. Dei de ombros, indiferente de todo aquele drama e me separei das duas quando o sinal tocou. 

Nada muito notável aconteceu antes da aula de educação física – aula na qual eu odeio com todas as forças, então alguma coisa sempre acontecia e não era para o meu benefício. Consegui convencer a professora de biologia a aplicar a avaliação para mim e taquei de volta uma bolinha de papel que Zachary Webb me acertou durante a aula de história americana. Quando o professor Ulisses surgiu na minha vista, com seu conjunto esportivo da Nike e o apito envolta do pescoço, engoli. em seco. Aquelas roupas ridículas me davam pesadelos e o apito me deixava apreensiva.

"Todos para o ginásio!", gritou em sua voz grave e autoritária que fez todos nós nos levantarmos no mesmo segundo. "Quem tiver que trocar as roupas, que troque logo. Quero todos lá embaixo em 5 minutos, sem desculpinhas!"

Foi inevitável ficar com os olhos arregalados. Principalmente quando eu corri em direção ao meu armário em busca das minhas roupas e fui seguida de uma maneira nada discreta por Mark Elliot. O garoto dos Stories patéticos.

"O que você quer?", cuspi, abrindo o armário com impaciência. Ele apenas se encostou na parede oposta e me encarou de uma maneira que me deixava mais ansiosa. Parecia que estava prestes a soltar algo bombástico. Bem, pelo menos era o que os seus olhos diziam. "É impressão minha ou você está me perseguindo de modo obsessivo desde ontem?"

"Preciso muito da sua ajuda, Ashlyn", sua expressão era de desespero. Ele olhou para os dois lados antes de prosseguir. "Eu resolvi seguir o seu conselho. Sobre aquele lance de se declarar."

"O que você vai fazer? Seja mais claro."

"Já combinei com a banda marcial. Você só vai tirar ela da sala sob algum pretexto e trazê-la até a quadra. Ensaiei tudo a noite toda. Acho que vai dar certo."

"Ei ei ei", levantei o dedo indicador. "Espera aí. Você quer se reconciliar com a Pearl, cantando Can't Take My Eyes Off You como Heath Ledger em 10 Coisas Que Odeio Em Você? E precisa da minha ajuda com isso? Ora ora, pensei que você fosse popular e tudo mais. Ajuda é o que não te falta. E além disso, eu aceito propostas feitas com certa cerimônia, não assim, lançadas como se eu fosse obrigada a aceitar. Até onde eu sei, não sou obrigada a nada e você sabe muito bem disso."

A Teoria da Faixa TrêsOnde histórias criam vida. Descubra agora