[29] A teoria de um clima inevitável

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N.A: Feliz natal atrasado, HO-HO-HO! Tudo bem com vocês, teóricos? Espero que sim. Espero que gostem do capítulo de hoje porque ele está bem fofo! Já quero desejar de antemão um 2021 para vocês repleto de muuuuita saúde, paz, felicidade, livros e money pra comprar os livros, é claro!!! Sou grata a cada um de vocês por lerem esse livrinho que ainda está em sua primeira versão cheia de errinhos, mas que vocês acompanham sempre que um capítulo inédito (e demorado) sai. Obrigada obrigada obrigada. Vocês são demais e Ashe Reed venera cada um de vocês por aguentarem a sua maluquice sem fim ❤️

Tenham uma boa leitura!

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Também iniciei uma pesquisa minuciosa sobre Jace Lauper quando cheguei em casa. Consegui com que Mark me enviasse alguns links da sua pesquisa e do seu site e encontrei o cara no Facebook. Bom, não exatamente ele, mas o filho dele chamado Jordan Lauper. E não era como se nós tivéssemos fotos do pai para encontrá-lo na Internet, mas Mark me mandou alguns áudios no WhatsApp me dizendo que as informações batiam.

"Não é como se existisse um Jace na casa dos 70 anos morando em Santa Bárbara, que fosse havaiano e que tivesse um comércio de pranchas que não fosse o Jace do livro de Paco Hernández." Ele disse em um dos seus áudios, enquanto um barulho de descarga corria ao fundo. "Ah. E não estou dando descarga porque estava fazendo alguma coisa no banheiro. É que joguei um produto no vaso sanitário para desinfetar e dei descarga porque se eu deixasse o produto lá, ele iria manchar a porcelana."

Até no meio de uma missão importante que exigia de mim foco e sede por informações, ri com a sequência de áudios. Mark aparentemente estava dando uma ajeitada na casa em plena noite de um dia de semana. Estranho. De repente me lembrei da minha própria casa. Não a casa em si, mas quem morava nela. Meu pai estava testando uns acordes de uma música do Aerosmith na sua velha guitarra, dava para ouvi-lo em todos os cômodos da casa. Da última vez em que eu havia visto Mia, ela estava em seu quarto, ouvindo um podcast de true crime enquanto finalizava uma apresentação de PowerPoint no seu laptop. Assim como eu, minha irmã também tinha uma pira por velas e ela sempre procurava acender quando estava no meio de uma atividade.

Meu pai não era exatamente um entusiasta de velas, mas achava melhor elas do que o incenso. Aparentemente mamãe era entusiasta deles e deixava vários queimarem em alguns cômodos da casa. Uma vez meu pai nos disse que ele teve que ir para emergência porque acabou tendo uma crise feia de tosse por causa da fumaça dos incensos que ele inalou após chegar em casa no fim da tarde, depois do trabalho. Os médicos até acharam que ele tinha estado no meio de um incêndio ao analisar o estado de intoxicação no qual ele se encontrava.

"Não é como se nós pudéssemos também dizer com total certeza que ele é realmente filho do cara. Até agora a única coisa que vi em comum entre eles é o sobrenome e que os dois são da Califórnia." Essa foi a minha resposta ao último áudio dele.

Minha tela se iluminou segundos depois. Ele estava ligando para mim. Deslizei o botão de atender e coloquei o aparelho celular na orelha.

"Prezada Ashe Reed, tenho provas suficientes para comprovar o que te afirmei." Começou. "Tem uma foto de 2013 dos dois lá no perfil dele. Se você fuçar a pasta de Arquivos de dispositivos móveis, vai encontrá-la. Além disso, tem outra foto de Jace, só que em um site de notícias regionais. É uma fotografia tirada ano passado. São os mesmos caras, com o mesmo negócio e que se chamam Jace Lauper. Além disso, na entrevista ele disse que ama música tanto quanto pranchas. Tem um vídeo curto dele tocando ukulele no final da matéria. E ele também diz que as lendas havaianas que cresceu ouvindo  inspiraram o seu negócio. Te enviei o link dessa entrevista, dá uma olhada." Ele fez uma pausa. "Ei, você está escutando alguma música? Esses acordes não são de Dream On?"

A Teoria da Faixa TrêsOnde histórias criam vida. Descubra agora