21. Ovos de Páscoa e uma corna irritada

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James foi recebido com abraços por todos os alunos e colegas de trabalho dele, ele era muito querido por todos, dos pais aos alunos, professores e diretoria da escola todos amavam ele.

As crianças se preocupavam, faziam perguntas sobre os olhos dele e também falavam que andarem rezando por ele.

Ver ele rodeado de crianças e ver o carinho que ele tinha por elas e elas tinham por eles apenas me fez imaginar como seria quando ele tivesse filhos.

Ele era tão bonito e gostoso, seria ótimo se o filho fosse meu e seria melhor ainda fazer, se é que me entendem.

Deus perdão por esses pensamentos impuros.

Imaginei um mini James correndo entre as crianças, com os cabelos bagunçados e os meus olhos, brincando e bagunçando.

Todos os professores tinham organizado cada um uma apresentação de Páscoa, a maioria escolheu falar sobre Jesus, sobre o significado da páscoa e colocar os alunos vestidos de Jesus e dos apóstolos pra encenar a Santa ceia.

James foi o que teve a idéia mais diferente e fez uma coisa mais simples, simples mas fofa.

Os alunos dele entraram com orelhinhas de coelho feitas com EVA e com macacões no estilo aqueles de unicórnios só que de coelhos.

Eles cantaram uma música fofa sobre a Páscoa e eu vi a maioria dos pais chorando.

No final todos aplaudimos e eu pude ver o quão James estava orgulhoso, sendo aplaudido com as outras crianças no palco e fazendo reverência, todo sorridente.

E sim, James também vestia um macacão enorme de coelho e usava as orelhinhas.

Depois de entregarmos os ovos de Páscoa a festinha de Páscoa já estava acabando, por isso os pais vieram agradecer e trazerem os filhos para agradecer também.

Estava junto com ele, quando um casal veio se despedir com uma menininha.

Poderia ser apenas pais comuns, qualquer pais de alunos do James, mas parecia que minha vida era uma novela.

— James... eu sinto muito.– Falei, já esperando pelo que viria.

— Pelo que?– Perguntou sem entender nada.

Hector me deu uma bela analisada mesmo estando do lado da mulher e da filha, praticamente me comendo com os olhos.

Sara ficou vermelha ao me ver, parecendo que queria me matar ali mesmo.

— O que essa vadia está fazendo aqui?– Ela gritou,  chamando a atenção de todos para nós.— Como vocês permitem que uma ladra de maridos ande pela escola? Se eu souber que essa vagabunda fica perto da minha filha, eu vou tirar ela da escola!

— O que está acontecendo...?– James sussurrou baixinho, sem entender nada.— Senhora Jackson, por favor, se acalme.

— Me acalmar? Eu não vou me acalmar wnqu essa vadia não sair daqui!– Foi quando ela percebeu que seu marido me olhava, o que piorou tudo.— E você, Hector, seu filho da puta, para de olhar pra ela se não eu vou acabar com a sua raça!

Ela gritava.

O temperamento de Sara já era o esperado, eu só não esperava que ela fizesse aquilo na frente de todos e em especial na frente do James.

Todos me olhavam e eu podia ver o julgamento em seus olhares, todos achavam que eu era realmente a outra.

— Senhora Jackson, se acalma, está humilhando a si mesma, seu marido e sua filha, poderiam terminar essa conversa lá fora?– Uma mulher que deveria ser a diretora falou calmamente, tentando conciliar aquela situação.

— Sara, vamos conversar lá fora, eu posso te explicar tudo.– Falei baixo, tentando não perder o controle.

Estava me segurando pra não chorar na frente de todos.

— James fica aqui um minuto, eu já volto...

— Não vou deixar você ir sozinha com essa louca.– Ele respondeu, pronto para me seguir.

Toquei na mão dele.

— Por favor, James, você é a única pessoa no mundo que eu não quero que ouça isso. Eu tô implorando.

Ele respirou fundo, mas concordou.

Passei em frente a Sara, pronta pra ir para a saída para podermos ter uma conversa decente.

Foi quando eu senti ela agarrar meu cabelo e puxar com ódio.

Acabei gritando porque me pegou de surpresa, principalmente porque ela escolheu me bater na frente de todo mundo, de várias crianças, incluindo a própria filha.

Me virei, agarrando o pescoço dela com ódio enquanto ela ainda puxava meu cabelo.

— Me solta!

— Não enquanto você não me soltar!

Dei uma joelhada na barriga dela e ela gemeu de dor, doeu tanto que ela caiu no chão, o problema é que ela não soltou meu cabelo e acabou me puxando junto.

Arranhei ela toda, tentando me soltar mas ela não me soltava.

— Você acha que eu não gosto que puxem meu cabelo? AMAVA QUANDO SEU MARIDO PUXAVA MEU CABELO NA CAMA!– Gritei.

— SUA VAGABUNDA, LADRA DE MARIDOS, VOCÊ É UMA VADIA E DORMIA COM MEU MARIDO PRA TER NOTA! SUA PUTA, VADIAZINHA DE ESQUINA!

Dei um tapa na cara dela, rolando no chão junto com ela.

As pessoas gritavam e pediam pra separar, mas ninguém tinha coragem de se meter naquela briga.

Quando dei um tapa na cara dela ela mordeu meu braço.

Literalmente ela mordeu meu braço.

Uma mordida de arrancar pedaço, doeu tanto que eu senti o sangue sair.

— E você é uma corna conformada, eu posso ser tudo mas não sou uma corna! Eu só não tô com seu marido porque eu não quero, mas se eu quisesse estaria com ele até hoje!

— Você é apenas a outra, eu sou a mulher!

— Eu recebi uma aliança de catorze mil dólares e ele não pediu de volta quando terminei, acho que ele me dá muito valor, não é?

Ela me bateu mais e acabou machucando meu nariz porque ele começou a sangrar.

Descontei todo meu ódio nela e bati de volta, bati muito.

Tapas, arranhões, socos e cotoveladas, distribui nela toda, com todo ódio do mundo.

Hector me tirou de cima dela, mesmo comigo relutando e tentando sair dos braços dele, tentando chutar e morder ele.

— VOCÊ É UMA CACHORRA!

— E VOCÊ É UMA CORNA! Eu nunca ficaria com seu marido se soubesse que ele era casado, mas ele passava tanto tempo entre minhas pernas que esqueceu de falar que era casado e tinha uma filha!

Aquela em que James Potter não enxergaOnde histórias criam vida. Descubra agora