13. Sais e conversas aleatórias

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— O bom de estar aqui é que eu tenho banheira e você não vai se machucar.

James já estava sem camisa e sem calça, apenas de cueca e com uma toalha em mãos.

Ele era tão bonito, mas eu evita olhar pra ele.

Ele estava frágil, não enxergava e precisava que alguém cuidasse dele, eu não podia ser simplesmente uma tarada ou uma mulher admirando um tronco nu, eu tinha que respeitar ele.

James também me respeitaria se fosse ao contrário.

— A água está em uma temperatura boa, tem sais cheirosos e ótimos a pele, acho que você vai gostar.

Guiei ele até a banheira.

Virei de costas para não ver ele tirando a cueca e entrando na banheira, nu e exposto completamente para mim.

— Vou indo, quando quiser sair me chama que eu te ajudo...

— Fica.

— Ficar?

— É, sei lá. Se for muito constrangedor, senta na porta, fecha ela e fica lá, apenas pra mim saber que não estou sozinho, gosto de conversar com você.

— Vou me sentar no tapete, de costas pra você, ok?– Falei, puxando o tapete.

Me sentei, virada para a porta.

— Lily, você gosta de passar esse tempo comigo ou está apenas pelo dinheiro?– Aquela pergunta me pegou, eu não tinha uma resposta.

Dois dias atrás eu falei para Sirius que era apenas pelo dinheiro, mas ali estava eu, sem saber a resposta para aquilo.

— James, se fosse ao contrário, você estaria comigo agora?– Perguntei, virando a cabeça apenas para ver sua reação.

Ele não hesitou, ele não pensou, ele apenas respondeu com toda certeza.

— Se eu fosse vizinho da sua melhor amiga e você estivesse sem enxergar, eu com certeza ficaria com você e então você me ensinaria a escrever um livro.

Sorri, sabendo que ele realmente estaria comigo se fosse ao contrário.

Aquela em que James Potter não enxergaOnde histórias criam vida. Descubra agora