Férias

QUEM É ELE?

BOA LEITURA.

Por Izac.

Peguei meu celular, abri o WhatsApp, imediatamente fui perguntar para Érica o porquê da demora. Já estava estressado, pensei em subir, pois já sabia o caminho, mas tinha alguns homens mal encarados olhando para mim.

No máximo, uns 5, até bonitinhos, eu não estava com medo deles e sim das armas que eles seguravam nas mãos.

Quando olhei em sua direção, os mesmos logo me encararam, um deles falou alguma coisa em um rádio transmissor e continuava a me olhar, achando que eu estava com medo, e  para demonstrar que eu não estava, dei um tchauzinho para um deles, peguei meu celular com medo de ser assaltado, custou muito caro, se trata de um iPhone 15 pró max.

WHATSAPP ON

Izac: Mulher, cade tu? Estou quase morrendo aqui, cheio de malas.

Érica: Já estou indo, estava tirando o atraso, se é que me entende. -Piranha como sempre-.

Izac: Aff, só não demora!

Érica: kkk Tá bom, já tô indo.

Izac: Tá piranha.

WhatsApp off.

Estava há 6 minutos esperando a Érica, não estava aguentando mais, então decidi "tentar subir " me levantei da calçada, peguei minha mochila, coloquei nas costas, paguei as malas com rodinhas e caminhei até a entrada. Os "homens" quando me viram caminhando até a entrada do morro, vieram em minha direção. - Estou morto - Paro de pensar quando um menino bem magro, deveria ter 1,78 de altura, cabelo cacheado pintado de amarelo, todo tatuado segurando uma arma, me pergunta.

Menino tatuado: Vai para onde, "mermão"? A donzela está perdida? - Riu igual a uma hiena.

Era o que me faltava, já estava ficando irritado com aquilo tudo, aqueles "homens" se achando o dono da cidade.

Izac: Não é da sua conta, retardado, vai procurar lavar esse cabelo, se isso dá para chamar de cabelo, deixa eu passar logo nessa porra! -

Falei com cara de deboche, vendo o olho do menino ficar vermelho de raiva. Ele tinha entre 17 a 19 anos, o mesmo pegou sua arma e apontou para minha cabeça. Os outros "caras" vinham se aproximando, mas eu não ia ficar com medo, não agora, depois que eu já fiz a merda toda.

"O que é que tá acontecendo aqui, Pedro?' - pergunta um menino um pouquinho mais baixo do que o Pedro, agora eu sabia o nome do "Menino tatuado".

O que fez a pergunta possuía braços fortes, um rosto bonito, olhos castanhos, com um boné para trás, e umas roupas folgadas, segurando uma arma na cintura.

Pedro: Esse pivete, filho de uma puta! Querendo subir o morro! Me esculhambando, mandando eu lavar o cabelo. - Olhou para mim com mais raiva - Haha!!! ele podia me chamar do que quisesse! Mas a minha mãe? Não!

Izac: Olha aqui, seu rato de esgoto, arrombado do caralho, não chame minha mãe assim, ela não é as vadias que você anda por aí pegando beco afora, lave sua boca pra falar dela, o único filho de uma puta aqui é você! Falei entre os dentes, o menino segurou meu braço com muita força, aposto que vai ficar roxo depois.

Enquanto eu falava, uma moto se aproximava, uma BMW azul, com um homem em cima, ele estava com um capacete verde.
Quando ele tirou o capacete, tenho que admitir, fiquei chocado, sua pele bronzeada... Um homem forte, de camiseta e short tactel, seu braço esquerdo todo tatuado, e outra tatuagem na panturrilha da perna direita, os cabelos castanhos cortados nas laterais em degrade e aqueles lindos par de olhos negros, uma boca carnuda vermelha, fiquei encantado vendo aquele homem, ele era extremamente lindo, altíssimo, devia ter uns 1,97 de altura, aparentava ter uns 23 anos de idade.

Fui examinado ele, seus braços fortes, cheios de veias, suas pernas torneadas, estava de tênis, mano? Aquilo era um pé ? Enorme, lindo!

Quando elevei a visão, o homem tinha um volume imenso marcando o short. Olhei no seu rosto, nossos olhares se cruzaram profundamente, o que me fez estremecer.

Pedro: Repete o que você falou, sua putinha. -Falou com sangue nos olhos -.

Fui interrompido por essa infusa. Olhei bem na cara dele.

Izac: O quê? Você não ouviu? Além de não tomar banho, não limpa seus ouvidos? Que porquinho! Ironizei vendo a montanha de músculos vindo em nossa direção, com uma cara não muito boa. Fudeu mais ainda! "Ele deve ser o "dono da boca" ' -Pensei-.

"Que porra de showzinho é esse aqui, Pedro?" - Falou com aquela voz grave e grossa igual a um ogro, olhando para mim. Me subiu um arrepio da ponta do dedo do pé até o último fio de cabelo.