POV Dartallius
Este assunto todo do noivado está deixar-me louco. Eu não conheço a moça e tenho que casar com ela porquê? Porque ela dá boas sugestões de livros ao meu pai? Idiotice da parte dele em colocar-me nesta situação ou mesmo a ela, embora ela desesperadamente necessite da proposta. Mas isso é a minha mente a processar. Quando escuto o meu coração ele diz que talvez eu queira conhecer. Por isso eu coloquei como regra que a hora do jantar é só comigo, eu quero saber do dia dela e das pessoas dela. Sempre que a Paris baixa a guarda ela tornar-se mais querida e eu me aproveito disso e torno-me num imbecil. Desde que amanheceu não a vi. Pensei em deixar uma prenda para ela assim que ela acordar, é minha forma de pedir para começarmos de novo. Como eu disse, isso é o meu coração a falar. Mas eu sou um homem racional, lógico, não me deixo levar por emoções e aparentemente é isso que o meu pai espera que a Paris faça, envolver mais o meu coração na minha vida, o que não vai acontecer.
Fui até ao trabalho e pedi a minha secretária que marcasse todas as reuniões possíveis, quero ficar o mais distante da minha vida pessoal o possível.
Num dos intervalos entre as reuniões reparei que o meu telemóvel não parava de vibrar e aparentemente era a Paris. Coloquei o telemóvel no ouvi após o atender.
- Eu espero que estejas a morrer para me ligares tantas vezes. O que foi?
- Sérgio está aqui. E ele quer saber se eu prefiro rosas ou camélias no nosso casamento. Mas que porra Dartallius?! Pensei que fosses estar aqui para ajudar nessa merda toda. Sinceramente eu não me vou casar sozinha. - ela falou a sussurrar como se ela não quisesse que Sérgio não a ouvisse...bem, ele não pode ouvir.
- A sério Paris? Liga-me se estiveres a morrer.
-Darta...
Desliguei a chamada. Posei o telemóvel na mesa e coloquei as mãos na cabeça. Nesse momento ouvi a porta a bater.
-Senhor Sloan.
-Hun?
- A sua segunda reunião já vai começar .
- ok. Vou já.Depois de severas horas no escritório, eu decidi voltar a casa. Para o meu silêncio. Quando chego lá o Sérgio ainda está lá, a torturar a minha noiva, não que eu queira saber, mas a pobre coitada já estava a perder os seus cabelos.
-Sérgio, ainda cá estás. E que tal se me deixasses aproveitar um pouco a minha esposa.
Deitei-me no colo da Paris e abracei a sua cintura fina e ela colocou as mãos nas minhas costas. Foi mais para parecer genuíno.
-Claro. Adoro ver vos juntos. Na quinta-feira volto docinho.
- tudo bem meu amor. - senti um sarcasmo a da parte da Paris.Assim que ouvimos o elevador a funcionar eu afastei-me dela imediatamente, embora uma parte de mim quisesse ficar ali e dormir.
- o que aconteceu hoje não pode voltar a acontecer.
- com o Sérgio? Sabes que ele vai voltar. - falei enquanto mexia o telemóvel.
- não. Tu. A desligares as chamadas na minha cara. Com esta experiência podemos pelo menos tirar disto uma amizade ok?
Suspirei e tranquei o telemóvel
- não me liga, a não ser que estejas a morrer ok? - levantei-me para ir ao meu quarto.
- Sabes Dartallius, teu pai disse me que tu tens um problema com esse coração gelado, mas não me disse que tinha um comportamento de um miúdo de 15 anos. - levantou-se e foi em direção a cozinha.
Eu a segui, uma parte de mim dizia-me que isso ia levar a uma briga.
- Paris quem é que tu pensas que és para falar assim comigo?
- TUA PORRA DE NOIVA. TUA NOIVA. Eu não quero nada contigo Dartallius, eu não vou nem te ligar se é isso que queres, mas no mínimo, mínimo mesmo, eu te peço que tenhas um pouco de respeito por mim. NÃO VAI MATAR-TE . Achas que eu quero estar aqui? Eu sei que partilhar o mesmo que mim deve ser bastante irritante, eu sei que eu sou insuportável eu também não me suporto mas aprendi a viver comigo mesma. Dartallius eu sei. Eu sei que nos teus olhos eu sou uma puta que secretamente fez algo ao teu pai para estar aqui. EU SEI. Até posso ser tudo isso. Mas me respeita por favor.
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A Mulher do CEO
Любовные романы{COMPLETO } POV DARTALLIUS (capítulo XII) Levantei-me e aproximei-me dela. - Vais te armar em difícil? - passei a mão pelo rosto dela. - Senhor...Com todo respeito mas isso é abuso de poder. - levantou-se e vi-a andar em direção a porta - ok entã...