Lembra-te!

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No dia de ontem ,Dartallius e eu quando chegamos a casa nem nos falamos. Ele não me dirigiu a palavra nem uma vez. Nem sobre o beijo...e eu estava preocupada com a merda do beijo.

Levantei e fui tomar um banho depois vesti nada demais, uns calções que mostravam o início da bochecha da minha bunda e uma camisa de alça com decote e uma pantufas de unicórnio.
Fui até a cozinha e preparei uma torrada com manteiga de amendoim orgânica que pedi a Constantina arranjasse para mim e uma chávena bem grande de chá.

Quando eu estava a voltar para o quarto bati-me contra o Dartallius na saída da cozinha e entornei um pouco do meu chá na roupa dele.
Dartallius olhou para camisa e depois para mim e não disse nada.

- Desculpa!

Depois mudei de ideias e decide comer ao pé da piscina que era enorme e tinha uma vista muita gira da cidade.

- temos que conversar. - ouvi a voz do Dartallius no fundo. Ele mudou a camisa, mas não se notava porque ambas eram pretas.

- o quê foi?
- ontem. Saíste sem proteção nenhuma, saíste sem me avisar, não atendeste as minhas chamadas, não comes a dias... o quê? Queres morrer antes do casamento? É isso.

- Eu não saio desta casa desde o dia que cá coloquei os pés. Eu estava cansada. Eu precisa de um ar desta prisão e lamento que não entendas. Se eu atendesse a chamada tu podias colocar um gps na chamada. E eu não como a dias porque sofro de anorexia. - olhei para ele nesse momento. - e quando tento não cair nessa tentação entro em depressão mas desta vez foi diferente. Eu tenho te a ti como mais um sintoma do meu stress, tenho o meu distúrbio alimentar, tenho o casamento arranjado, tenho a minha... - suspirei, pois estava próxima de dizer o que não devia. O Dartallius não pode saber da minha mãe. - Eu tenho muita coisa na cabeça Dartallius. Então eu entro em depressão. E não, não é voluntário.

Dartallius continuou congelado depois de eu lhe ter respondido as perguntas. Talvez ele não esperava que eu o respondesse com tanta sinceridade.

- Queres um médico?
- não.
- e o beijo?

Eu estava a espera deste momento, do momento em que íamos finalmente desembuchar sobre o beijo.

- Faz parte do contrato. Eu sou a tua noiva.

Eu estava a espera deste momento, mas as palavras que eu esperava que saíssem da minha boca foram engolidos pelo meu orgulho.

Ele acenou com a cabeça um sim, e não deixou de olhar para mim.

- temos um jantar de noivado para sábado as 19h que o meu pai esta a organizar. Achas que vais conseguir ir?
- É Quinta-feira. Sim consigo. A que horas vens buscar-me?
- As 18:30. És anoréxica?
- já não.

Dartallius estava a demostrar vulnerabilidade em relação ao assunto.

- Peço que não morras.
Sorri.
- não te preocupes, só depois de te tornares CEO. Serás um CEO viúvo.
Sorriu.
- estou a falar sério Paris.
- ok Sloan. - sorri com o canto da boca.

__________

Sábado, na noite do jantar

Eram 14:30 horas quando fui visitar a minha mãe e mais uma vez ela estava diferente, mas algo extremamente incrível aconteceu.

- Paris, filha. A muito que não te vejo.

A minha mãe reconheceu-me.

A Mulher do CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora