A União

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É hoje.
O dia em que o me torno oficialmente do Dartallius Henry Sloan. O dia em que em que aceito conviver com ele independente do que der e vier. Eu vou me casar. Eu vou me casar com um desconhecido.

Vamos casar-nos numa das casas do Dartallius, que tem um jardim enorme. A decoração foi toda branca com camélias asiáticas de cor rosa bebé, e espero que esteja como planeie com o Sérgio. O meu vestido era de uma verdadeira princesa, o Dartallius comprou-me uma tiara de diamantes a sério, o que não me choca. E o meu véu era longo e branco.

Os make-up artists estavam todos dedicados em fazer a minha make-up e era super gira e simples, eu não tinha fama de honras. Eu não quis. Haverá câmera de paparazzis, haverá câmeras para as fotos do casamento, haverá toda família do Dartallius e amigos. Nós convidamos 100 pessoas. E segundo o Sérgio, as 100 cadeiras estão ocupadas. Merda.

Senti o meu corpo a fechar-se e a minha respiração a acelerar, eu estava a ter um ataque de ansiedade.Merda. Merda. Merda.

- peço que saiam daqui - disse com uma voz baixinha
Os makeup artists continuaram a fazer o que estavam a fazer e as outras pessoas no meu quarto também.
- SAÍAM DAQUI POR FAVOR. EU PRECISO DE UM TEMPO SOZINHA.
Todos na sala assustaram-se e retiraram-se da sala. Enquanto eu tentava recuperar o meu fôlego.
- vai correr tudo bem Paris. É só um casamento. Respira. Respira.

Assustei-me quando ouvi o meu telemóvel a tocar e era uma vídeo chamada do Lucas.
- Ugh. - peguei no telemóvel e atendi.
- Uau. Tu estás muito gira. - disse ele.
- obrigada.
- liguei-te só para desejar-te uma boa sorte no casamento.
- obrigada.
Ele sorriu.
- em relação a nossa saída - continuei - não poderá ser amanhã. Esqueci-me completamente da merda da Lua-de-mel.
- oh merda. Não tem problema. Vai ser estranho sair com uma mulher casada. Principalmente com o tal Darius Sloan.
- Dartallius. - corrigi
- Pois. Aparentemente ele é uma pessoa com muito poder.
- pois é. Então não podemos encontrar-nos em sítios públicos.
- o que estás a sugerir?
- não sei. O Dartallius é possessivo. Se ele me encontra a sair com um outro rapaz ele pode infernizar a tua vida e a minha.

Ouvi a porta a bater.
- Paris. Sou a Delilah, irmã do Tallius posso entrar?
- hmm. É só um minuto - gritei- Lucas, adeus.
- Adeus linda. - disse ele.

Andei até a porta e vi a mulher alta, de cabelos loiras, vestida de azul. Uma super modelo .
- vim entregar-te o buquê de rosas que o Tallius pediu-me para comprar.
- Uau, são tão bonitas.
- tu és bonita Paris. Olha para ti. Estás um encanto. Eu não sabia que alguém podia alguma vez desfazer o nó enorme que o Tallius tem com o mundo.
Ela estava a falar como se me conhecesse a anos. O quão gira eu estava e o quão feliz ela está por ver o Dartallius a sorri de novo.

- obrigada.
- estás pronta para andar pelo altar?
- sim.
- ótimo eu vou falar com os músicos.

Peguei no buquê, dei um último fôlego da minha independência e pus-me a andar em direção ao altar.

Quando cheguei, os 100 convidados levantaram-se todos e todos olhavam para mim . As únicas caras que me foram familiares foi da Charlie, o Don, o Edgar e a mulher dele e a tal da Delilah.

O Dartallius estava elegante como sempre, estava deslumbrante. O meu marido. Cheguei junto a ele e o ministro mandou as pessoas se sentarem e a cerimónia começou.

Antes de beijar a noiva o Dartallius tinha votos para ler para mim. Uau. Ele não podia dizer-me que teríamos que fazer um daqueles.

- Podias ter me dito que ias ler um desses. - sussurrei e as pessoa na fila de frente riram-se.

Ele pegou na minha mão direita e o papel com a mão esquerda e começou a ler.

" Prometo que vou respeitar-te como minha mulher, apoiar-te em momentos difíceis, me alegrar contigo em momentos felizes, ser fiel a ti sempre e acima de tudo, amar-te como minha esposa e melhor amiga. Prometo amar-te e respeitar-te, ajudando nosso amor a crescer, por sempre estar presente para ouvi-te, confortar-te e apoiar-te, seja no que for que nossa vida possa trazer. Eu te amo Paris Elizabeth Pierce."

As pessoas aplaudiram ao discurso dele que foi fenomenal, eu só gostaria que ele não estivesse a fazê-lo pelas câmeras e pelo pai.

No momento de trocar as alianças a Charlie veio entregar-nos. E eu fui a primeira a colocar-lhe no dedo.

" Eu Paris Pierce, dou-te este anel como o sinal do nosso amor, confiança e casamento. Prometo cuidar de ti acima de todos os outros, dar-te o meu amor, a minha amizade e o meu apoio. Vou respeitar-te, apreciar-te por toda nossa vida juntos"

Ele fez o mesmo e o ministro anunciou-nos como Marido e Mulher. Dartallius olhou-se para mim e deu-me um beijo de paixão.

Saímos e fomos tirar as fotos com os convidados, os familiares e amigos dele.
Depois tivemos o copo de água onde eu e o Dartallius abrimos a sala com uma dança da música de Ed Sheeran ft Beyoncé - Perfect e foi uma dança emocional.

Depois das pessoas se divertirem, as minhas pernas começaram a doer e o meu pé também, eu só queria voltar para casa.

Sentei-me numa das cadeiras e quando olhei para a janela vi vários guardas a bloquearem a entrada a  alguém, fiquei curiosa e peguei os sapatos e corri para fora.

- Por favor deixe-me falar com ela - disse a pessoa que estava a ser expulsa.

Aproximei dos guardas e consegui ver o Lucas. Ele estava com uma camisola preta e uma skinny jeans pretas e umas old school vans e tinha um gorro preto que só deixava o cabelo de frente mostrar-se.

- Simão e Daniel está tudo bem. Eu o conheço.
- tem certeza Senhora.
- Sim. Obrigada.

Saí para que o Dartallius não me visse a entrar com um rapaz qualquer.
E pedi ao Simão que pegasse os meus sapatos.

- Estás mesmo um encanto.
- o que é que estás a fazer aqui?
- Queria ver-te
- não.
- vá lá. Tens uma lua-de-mel que será provavelmente fora dos EUA, eu precisava de despedir-te.
- Lucas eu não te conheço.
- E esta é a oportunidade perfeita para tal.

Calei por um minuto. Bem, o casamento estava a tornar-se numa seca e eu estava bem cansada. E é o meu casamento eu posso fazer o que quiser.

- Simão, caso o Dartallius perguntar por mim diz lhe que voltei para casa não estou a sentir-me bem. Ok?
- Sim senhora. E como é que a senhora foi?
- para casa ? Fui de táxi .
- sim senhora. Senhora ?
- Sim?
-  os seus sapatos.
- obrigada Simão.

***

A Mulher do CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora