"𝓗𝓸𝓶𝓮 𝓲𝓼 𝔀𝓱𝓮𝓻𝓮𝓿𝓮𝓻 𝓘'𝓶 𝔀𝓲𝓽𝓱 𝔂𝓸𝓾"
Em meio a briga judicial pela guarda de sua filha, um incidente revela à Any que o pai biológico da criança nunca fora seu ex-marido.
Decidida a ter sua filha de volta, Any vai atrás de Josh, um...
Desde o dia em que me casei com Thiago minha vida virou de ponta cabeça, tive que adequar minha vida inteira, em breve eu seria mãe. Me dediquei à minha filha 100%, meu bem mais precioso, e mantinha um emprego de meio período de segunda à sexta que custei para conseguir. Sempre soube que meu ex-marido não era confiável e que deveria ter minha independência financeira, no entanto, não imaginava que ele me traria tanta dor de cabeça tão cedo.
Nos casamos por pura pressão familiar quando engravidei da pequena Estela. Sequer éramos namorados, éramos ficantes na realidade, Thiago sempre foi mulherengo, então compromisso e exclusividade eram inviáveis. Assim que descobri a gravidez da minha menina, fui praticamente obrigada a me casar com o pai dela, pois era o "certo" a se fazer, e no auge da nossa juventude, nos tornamos pais.
Nosso casamento nunca teve base alguma, eu tinha conhecimento da minha porção de chifres, mas o que mais me machucava era a falta de interesse pela própria filha da parte de Thiago. Meu ex-sogro sempre fora aqueles velhos tradicionais, por isso, condicionou a herança do filho à criação de uma família e de um primogênito para assumir os negócios. Thiago então casou-se comigo e assumiu a bebê para agradar o pai e obedecer à imposição.
No início do ano, o pai de Thiago faleceu e ele enfim recebeu sua herança. No dia da leitura do testamento, o Sr. Bittencourt reforçou que ter um herdeiro era essencial para que seu filho recebesse a herança.
Thiago não perdeu tempo, não que estar casado tenha o impedido de fazer qualquer coisa, duas semanas depois, o loiro pediu o divórcio. Ao contrário da família do meu ex-marido, a minha era normal, nunca passamos necessidade, mas não éramos ricos e influentes.
Essa foi a justificativa dele para ficar com a guarda total e unilateral de Estela, alegando inclusive que eu era incapaz, financeiramente falando, de cuidar da minha própria filha. O que me deixou enfurecida foi o fato de que ele não sabia o básico da filha, jamais tinha trocado uma fralda dela ou perdido uma noite de sono quando ela adoecia e teve a ousadia de fingir ser um pai presente e super preocupado na frente da conselheira tutelar e da juíza.
Não que ele se importasse com a filha, fez isso devido à cláusula da herança deixada por seu pai. Ela seria sua herdeira caso não tivesse nenhum outro filho, ou seja, minha menininha sequer tinha seu lugar definitivo. Conservadores... Claro que uma herdeira mulher não era suficiente.
O nascimento de Estela mudou muito a minha vida, engravidei muito jovem e eu era um tanto inconsequente, nunca nem me permiti me apaixonar e viver um amor de verdade. O único amor que eu realmente pude experimentar foi o maternal. Amo minha filha mais que tudo. Seus primeiros meses de vida não foram fáceis, tive dificuldades ao lidar com a maternidade um tanto precoce, sinto que criei Estela praticamente sozinha e cresci mais rápido que deveria. Das minhas amigas eu sou a única mãe e a única casada, afinal, temos apenas 24 anos, isso me tornou responsável até demais e por muito tempo, relaxar e me divertir não estava nos meus planos.
A luta pela guarda não tem sido fácil. Sou eu contra o exército de advogados de Thiago. Obviamente ele estava em vantagem e eu corria o risco de ficar sem a minha bebê. Hoje em dia a mãe não tem mais prioridade na tutela. Já na primeira audiência, peguei 60% das minhas economias para pagar um advogado civil, que ainda sim, não era dos melhores. Temo que minha filha sofra nas mãos do pai que é um egocêntrico, por isso concentro todas as minhas forças nesta briga judicial contra meu ex-marido.
Essa é a pequena Estela, ela tem dois aninhos e é a coisinha mais linda do mundo. Meu tesouro, meu tudo.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Papai e mamãe" da Estela na época que eram grudinhos assumidos, pra quem não conhece.
⚠️ AVISO ⚠️
Escrevi essa história faz tempo, bem mais nova e imatura (no auge dos meus 16 aninhos, hoje tenho 19). Em breve farei mudanças em alguns aspectos que me incomodam. Por ora a história vai ficar com uns errinhos e situações que não acho que convém. Sejam legais nos comentários!
