Cap 38 - Então... É isso.

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Acordei cedo naquele dia, estava esperando a ligação do meu professor de arte se na noite anterior não fiquei nem um pouco curiosa, agora ela veio toda de uma vez.

Gustavo estava comigo na sala, vento TV, não passava nada de bom, mas era só para me distrair como Gustavo dizia.

Minha vô entra na sala sorrindo de orelha a orelha, com o celular na mão, me entregando.

Levanto de um pulo do sofá.

- a-a-aló? - gaguejo

- Gabrielle? - Denis responde pelo celular

- Sim. Sou eu professor.

- Então, estou ligando como prometi... Mas preciso que venha ate a escola Pinheiro... Pode fazer isso? Vir pra cá agora?

- Claro.

- Ótimo... Venha com o seu responsável certo? Até logo. - ele termina, e desliga sem esperar resposta.

- Então Gaby? - Gustavo pergunta curioso.

- É Gaby, o que ele falou? - meu avô chega atrasado.

- Ele falou que tenho que ir na escola... Agora.

- Agora?! - minha vó pergunta.

- É vó, e tem que um de vocês ir comigo, como o meu responsável. - falo preocupada.

- Certo, tudo bem... Então vamos. - meu vô fala desitido.

- Eu dirijo! - Gustavo pula do sofá, correndo para a garagem.

- Nada disto mocinho, não quero nenhum acidente. - meu vô fala, brincando pelo neto dirigir muito rápido.

Minha vó Laura ficou em casa, mas me fez prometer que ligaria assim que soube o que o professor queria comigo.

Com Gustavo no volante, a escola pareceu ser do lado de casa.

Entro as pressas pela escola, vou direto na diretoria, com meu irmão e o vô Augusto em meu encalço.

- Professor? - falo, assim que encontro ele na diretoria como prévia. - Estou aqui.

- Ótimo, Gabrielle, e seu responsável? - ele sorrir com vontade, o que era um bom sinal certo?

- Aqui, professor Denis. - meu vô fala atrás de mim.

- Muito bem, entre. - ele fala entrando na diretoria.

Ele aponta três cadeiras, para nós, na frente da mesa do diretor.

- Bom dia. - o diretor sr. Duarte, fala abrindo a porta.

Ele se senta na sua cadeira, Denis fica em pé trás de nós.

- Obrigado.. Por vir tão rápido - ele sorri para Gustavo, que sorri largo para todos. - Esse é o formulário da academia de arte, - ele passa um papel para meu avô. - Quero ser o primeiro a lhr dar parabéns Gabrielle Polo, você ganhou uma bolsa de estudos inteiramente gratuita. - ele olha para mim, sorrindo.

Depois daquelas palavras não ouvir mais nada, mas ele continuou explicando que as aulas do nivel médio, e de arte, começariam na quarta, minha matricula, meu registro na residência, já foram feitas.

Tudo estava pronto para amanhã.

Então é isto, amanhã... Eu vou conhecer minha nova escola minha colega de quarto.

Assim que sair da diretoria, liguei como prometi para minha vó.

Xxx

Cheguei em casa ainda sem acreditar que eu havia conseguido... Era agora oficialmente uma aluna da melhor acadêmia de arte do país.

O dia inteiro foi de comemoração, sair com Gustavo para a sorveteria Jean's, foi como uma despedida.

Todas as minhas malas estavam prontas, não muitas já que estaria de volta no fim de semana, esse três dias eram para se adaptar, como Denis falou, conhecer tudo.

XxxX

- Gustavo? - sussurro na porta do quarto dele.

Era três da manhã, como combinado, ele me ajudaria.

- Gu, acorda! - falo o mais alto que podia, não queria acordar meus avó, ou o meu pai.

- O que? - ele fala ainda sonolento, andando até a porta.

- Vem logo aqui.

- Oi. - ele abre a porta devagar, para não fazer barulho.

Faço sinal para ele me segui, pego o quadro que fiz e desso as escadas o mais silenciosamente possível.

- Onde quer colocar? - Gustavo sussurra.

- Ali. - aponto para a parede, acima do sofá da sala, que fazia divisa com a cozinha.

- Certo.

Gustavo pega um martelo e pequenos pregos, não enterra os pregos totalmente, mas só pela metade. Eu seguro o quadro no lugar certo, enquanto Gustavo o firma com os pregos nas laterais.

Ficou muito bom, ali.

Gustavo e eu voltamos para os nossos quartos, dormir como se nunca tivesse levantado.

De manhã cedo, quando desci as escadas, encontrei minha avó e meu avô juntos de frente para o quadro, ele abraçava ela com cuidado, minha vó chorava, mas era lágrimas calmas.

- Pai! Vem aqui por favor!! - grito no corretor, ele estava no quarto.

Depois de um tempo, ele abre a porta sem entender, faço sinal para ele vir comigo ele me obedece sem questionar.

Gustavo também me ouvi, e sai do quarto já sorrindo.

Todos juntos ali na frente daquele quatro, me fez lembrar de uma coisa muito importante.

- Eu amo vocês - começo, abraçando todos ao mesmo tempo. - Descobri que o Criador de Tudo... Nós comprou pelo um alto preso... Com todas as coisas ruins que temos dentro de nós, só para nós dar o poder de escolher o nosso caminho de volta - aponto para o desenho na parede - Minha mãe, amou cada um de nós, da maneira dela... Mas amou, e fico feliz, por dizer que ela encontrou o caminho certo. - seco minhas lágrimas teimosas - Estou feliz, só de poder dizer que estou feliz... Sem ser só uma mera formalidade.

Minha vó Laura solta uma risada nervosa, que faz todos rir com vontade.

Meu pai encarava aquele desenho, ele sorria.

- Obrigada Gaby. - ele sussurra ao meu ouvido enquanto me abraça. - ficou lindo.

Aceno com a cabeça um agradecimento, não conseguir fala, minha garganta apertou, o abraço forte.

As horas se passaram rápido, depois de um almoço em família, estava na hora de ir.

Era duas horas de viajem até a capital, tinha que esta lá as três horas da tarde. Gustavo insistiu em faltar aula só para me deixar na acadêmia de arte.

Ninguém teve como dizer não, Gustavo era bem convincente quando queria, e minha vó Laura também iria me acompanhar.

- Até sábado pai. - falo o abraçando com força - Pode me ligar quando quiser.

- Eu prometo. - ele fala sorrindo fraco.

- Tchau vô. - o abraço - Cuida do meu pai por mim. - falo baixo só pra ele ouvir.

Ele acena que sim, estava sento difícil me ver saindo de casa, mesmo que fosse só três dias desta vez.

A viagem de carro foi bem rápida como prévia, no caminho lembro do que meu professor me contou.

Agora tenho um novo horizonte a minha frente para conhecer, não vai ser fácil... Mas ninguém disse que séria, mas não estou sozinha, não tenho o que temer.

Sei para aonde estou voltando.... Onde tudo começou.

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