Apartamento 303

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KAROLINE VOLOKH

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KAROLINE VOLOKH


O som de meus saltos ecoam pela calçada, o barulho deixa claro meu temperamento nada amistoso naquele dia, e como se o céu estivesse refletindo minhas emoções a manhã que chegara ensolarada agora era invadida por nuvens escuras. Enquanto caminho observo minha vizinha e amiga Farrah pela vitrine da cafeteria, agradecendo mentalmente por tê-la encontrado em seu expediente de trabalho.

Adentro ao recinto como um furacão e não me importo de ser alvo de olhares, isso era bom, assim todos saberiam que Karoline volokh estava com o diabo no corpo.

- Farraaah.... - digo assim que ela me olha sobre a máquina industrial onde está vaporizando o leite. - Eu vou matar o Mike... Aquele desgraçado!

Ela vêm até mim com o um latte com essência de caramelo.

- Tome um cafezinho para acalmar os nervos. - diz ao me entregar a xícara.

- Eii esse café era meu. - reclama um rapaz de terno batendo a mão no balcão.

Eu estava preste a faze-lo engolir o café quando minha amiga diz:

- Quem disse?

- Eu cheguei primeiro que ela.

- Meu senhor, trabalhamos por telefones também. Essa moça liga antes para não precisar esperar na fila.

Eu forço um sorriso ao indivíduo sustentando a mentira, ele parece duvidar das palavras dela, mas suspira ao dizer:

- Vai demorar muito para o meu ficar pronto ?

- Não. - diz ela num sorriso doce.

Cínica!

E em menos de três minutos o café dele está servido.

-Tenha um bom dia.

-Hmm... - É tudo que ele diz antes de sair pela porta.

-Então... - diz ela dedicando sua atenção a mim - Me conta o que ele fez?

- Simplesmente marcou um jantar pra família dele lá em casa e só foi me dizer hoje. Você sabe que eu e eles não nos damos bem, não acredito que vou ter que passar a noite fingindo aturar aquela gente.

- Mas o jantar vai ser quando?

- Hoje!

- Vish... quer ajuda pra esconder o corpo?

- Não vai dar tempo - bufei irritada.

- Eu saio as 14 para o intervalo. Vou com você comprar a janta enquanto conversamos sobre o vizinho novo.

- Que vizinho novo? -pergunto curiosa.

Ela e eu morávamos no mesmo prédio. Eu chegara há pouco mais de cinco meses trazendo de arrasto meu noivo, acreditando que se nos afastássemos da família dele poderíamos ter um relacionamento melhor, mas o infeliz não saia de baixo da asa da mãe a ponto de mulher se dignar a dirigir meia hora de carro para saber se o filho estava bem alimentado. Era frustrante e muito cansativo.

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