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Entrei na casa a passos largos, não havia aberto a boca durante o percurso e queria mostrar minha irritação. Porém, assim que cheguei na sala meu coração disparou e eu quase caí para trás.Em cima da lareira, onde geralmente havia uma pintura sobre o oceano agora estava um cartaz escrito: “MICHELE, CASA COMIGO?”
Todo o ambiente estava decorado com pétalas de rosas, champanhe em um balde de gelo e taças em cima da mesa de centro. Um buquê de flores estava no sofá e várias fotos nossas espalhadas pelos móveis.
Me virei e encontrei Chris ajoelhado com a caixinha de veludo preta nas mãos. Ele abriu e me surpreendeu com um solitário lindo que pertencera a sua avó paterna.
- Chris... – Eu não sabia o que falar, não sabia o que sentir.
- Eu preciso me explicar – disse se levantando – Nesses últimos meses eu decidi te pedir em casamento, mas como você sabe eu não tenho muitas ideias e tenho dificuldade em fazer coisas românticas... Então acabei pedindo alguns conselhos para o treinador e o Henry... Consequentemente passei mais tempo na academia e pelo assunto eu sempre procurava ir em dois horários ou em dias que você não iria... Eu sei que me afastei e te peço perdão... Estava tão focado com minha surpresa que nem percebi o que estava fazendo.
- Mas... E a faculdade? As aulas do Charles e...
- Eu já disse que detesto sua mania de investigação? – sorriu de canto – Ontem quando você me ligou eu estava saindo da faculdade, a situação com o aluno foi mais grave do que os alunos ficaram sabendo e por isso passamos um bom tempo em reunião.... Após a reunião Charles me pediu para assumir as aulas e bom... Eu estava voltando pra casa e não sabia que você iria ligar os pontos. Eu já estava prestes a desistir da surpresa e te contar tudo quando você desligou esse bendito celular ontem a noite.
- Eu estava com raiva – disse envergonhada.
- Eu não te culpo – ele segurou minhas mãos e se aproximou ainda mais – mas você poderia ter um pouco mais de confiança em mim.
Assenti e mordi os lábios quando ele tirou o anel da caixinha.
- Mas você ainda não me respondeu... Aceita ou não se tornar minha esposa?
- É claro que eu aceito – disse o beijando e pulando em seus braços.
Eu ainda sentia meu corpo tremendo por conta de toda a adrenalina, mas estava aliviada por não estar sendo traída. Eu estava com tanta saudade de um momento só nosso que nem reparei na forma como pressionava meu corpo contra o dele.
- Ei... Calma amor – ele riu aí se separar de mim – Vamos aproveitar isso da maneira certa – disse com um sorriso malicioso.
Senti seus braços fortes me elevando do chão e me levando em seu colo até o quarto. O frio em minha barriga denunciava o quanto estava esperando por aquele momento. No quarto havia algumas velas aromáticas espalhadas e pétalas de rosas na cama.
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Condomínio San Thomaz
Short Story"Entre as ruas e avenidas super lotadas de São Francisco existe um Condomínio onde um grupo inusitado de amigas vivem aventuras inimagináveis com novos inquilinos e até mesmo alguns antigos. Segredos e fofocas pairam no hall de entrada, nos elevador...