Mar De Fogo [BL]

Capítulo 04. Dor

Cap.04

Sun não era nenhum inútil, ao perceber que estavam o atacando, ele desviou.

O atacante estava completamente coberto de roupas vermelho escuro, deixando apenas seus olhos à vista.

Rine, que estava logo à frente, escutou o barulho e logo se virou alarmado. Mas quando se preparou para se juntar à briga, mais dois sujeitos vestidos de vermelho escuro surgiram, bloqueando-o pela frente e por trás.

Rine gritou: "Senhor Sun, consegue aguentar até que eu termine com esses dois?"

Sun: "Quem você pensa que eu sou para não derrotar um único inimigo? Você é o único que deveria tomar cuidado."

Sem esperar resposta, Sun encara seu oponente fixamente, ele tenta identificar sua identidade olhando para sua aparência, mas não há nada além de roupas vermelhas, o pano usado para tentar desmaiar Sun e uma pequena faca sem marcações.

A pessoa gritou: "Terminem logo com a garota e venham me ajudar com ele."

Ouvindo a palavra "garota" o espírito de luta de Rine aumentou. Ele partiu para cima do homem à sua frente com a faca e logo depois ele chutou o de trás, tudo isso em questão de dois segundos. O homem à frente desviou por um triz, sendo golpeado no pescoço de raspão, deixando pingar algumas gotas de sangue.

O homem de trás defendeu o ataque, revidando com um soco. Rine desviou e direcionou seu joelho para a barriga do oponente, acertando em cheio.

A força do chute fez as córneas do homem saltarem com veias amostras. Ele caiu no chão sem sinais de vida ou morte.

Após lidar com um dos oponentes, Rine estava se virando, quando recebeu um soco em seu rosto, veio do oponente que havia sido cortado. Seu corpo vacilou, fazendo-o recuar três passos para trás.

Rine abaixou sua cabeça que foi forçada para trás e encarou o oponente, ele posicionou o corpo corretamente e ficou em pose de defesa, pronto para o ataque do oponente. E foi como ele esperava, o sujeito atacou com chutes altos direcionados ao rosto e estomago de Rine, que defendeu todos.

Um pouco atrás dessa área...

Sun estava com leves sinais de cansaço, mas seu oponente estava pior: Tinha um braço mole, provavelmente quebrado enquanto em seu rosto havia marcas de soco e inchaço.

Seu oponente então partiu para cima mais uma vez, determinado a acertar, quando ouviu seu comparsa, que antes estava atacando Rine, gritar. Rine chutou sua perna, fazendo-a quebrar de forma que ficasse ao contrário.

Ao ouvir os gritos de dor do seu companheiro, o sujeito que atacava Sun partiu para outro alvo. Rine, que estava de costas, não escutou a investida que vinha por trás.

Sun: "Idiota, você está lutando comigo, não o ataque!" havia desespero e preocupação em seus olhos. Mas quando ele percebeu já era tarde, o homem que lutava com ele direcionou sua faca para as costas de Rine.

Rine havia derrotado seu oponente, estava prestes a ir ver como o Sun estava, quando recebeu uma pontada nas costas.

Antes que pudesse raciocinar, caiu de joelhos. Seus olhos apenas viram o sujeito com o braço quebrado carregar o com a perna quebrada para longe e largar o que desmaiou.

Rine, ainda de joelhos, percebe enfim que foi nocauteado, seu corpo pesa e ele vacila para o lado. Seus ouvidos escutam um chamado chegando perto.

Sun, que estava longe agora a pouco, chegou e segurou o corpo mole de Rine delicadamente, para não expandir o ferimento.

Logo depois de ficar desacordado, Rine murmura algumas palavras em uma linguagem estranha e que Sun não compreende, ele apenas entende as palavras "Vingança" e "Nação do Fogo".

Depois do desmaio Rine começa a ver várias cenas passarem em sua mente.

Um homem com roupas verdes e uma mulher de azul, os dois estavam brigando, e no ponto de vista de Rine ele era pequeno, não muito menor do que o seu tamanho atual, mas era um pouco menor.

A mulher: "Apenas por que você tinha que tê-la elogiado? Entre tantas, logo ela? Está tentando nos matar?"

O homem: "Eu não a elogiei, não como você imagina, eu os elogiei como um casal. O ciúme o fez ouvir coisas que eu não falei. Desconfia tanto de mim? Acha que eu, seu marido, faria algo como elogiar a mulher do meu melhor amigo?"

Rine, que agora a pouco não entendia nada, começou a compreender. Ao que parece esse homem e a mulher eram casados, e o homem havia elogiado um casal ou flertado a mulher do seu melhor amigo e ao que parece isso era algo que poderia resultar em risco de vida.

Na cena, a mulher está prestes a refutar as palavras do marido, quando um som de alguém batendo na porta ecoa.

"Senhor, Senhora, o Líder Quin mandou uma carta, ele exige uma explicação."

A voz de um homem soa respeitosamente detrás da porta.

A mulher: "Entendo, prepare um presente adequado e papéis, iremos escrever um pedido de desculpas."

O homem: "Desculpas pelo quê? Eu não os ofendi em nenhum..."

A mulher interrompe: "E você, calado! Não acha que já errou demais por hoje?"

O homem se cala imediatamente. A mulher sai do local, e o ponto de visão segue, como se a pessoa a seguisse.

Depois, Rine enxerga outro lugar, ele está em uma carruagem e aquela mulher está à sua frente com as mãos em seu rosto, ela diz lamentosamente: "Rinemy, viva. Viva e vingue essa injustiça."

Ela abraça Rine, que parece chorar quando diz: "Mamãe, o papai ele-"

A mulher o interrompe: "Seu pai está colhendo o que plantou!" ela diz isso, porém seu rosto demonstra uma expressão de desamparo. Ela fecha os olhos decisivamente: "Adeus, filho. Boa sorte!"

A mulher fecha a porta da carruagem firmemente e estapeia o cavalo, fazendo-o correr desgovernado em certa direção.

O garotinho com feições femininas dentro da carruagem chora desesperadamente e tenta abrir a porta, fazendo suas mãos se ferirem horrivelmente. Ele logo se cansa e cai desmaiado no interior da carruagem.

Tudo escurece no sonho e Rine acorda.

Ao abrir os olhos, lágrimas escorrem do seu rosto confuso.