Capítulo 11. Reencontro

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Cap.11

As ruas são ladrilhadas, tais ladrilhos, têm uma cor marcante, um vermelho alaranjado semelhante a fogo, apesar que a sujeira os fazem parecer com algo enferrujado. Vendedores em barracas, em ambos os lados da rua, gritam chamando os clientes, parecem tentar competir qual é o mais barulhento; visualizando o céu, vê-se apenas algumas poucas nuvens, que circundam uma margem indefinida. Toda a cidade está reluzente, sendo iluminada pelo sol, que é também representado de várias formas e tamanhos nas roupas e decorações da cidade, um dia agradável, apesar de quente. Com exceção que...

Sun ainda está desacreditando no que vê, mas se acalma e vai até onde está havendo a briga.

—Com licença, mas o senhor me parece realmente o errado nessa situação.— Sun chega perto do homem bêbado.

Sun olha para "a moça" e se depara com o olhar "dela". Claramente, é Rine, que encara o com surpresa, até que Sun desvia o olhar, meio sem jeito.

Tem muitas perguntas se passando na cabeça de Sun, o que até o fez ignorar o homem que falava sem parar: —O que diabos? Quem você pensa que é? Se intrometendo nas conversas dos outros assim.—  o sujeito se vira — Espere, eu te conheço... Líder Sun? Desculpe-me, senhor!—

Sun enfim repara nesse sujeito repugnante, diz: — Sim, sim, sou eu. Você irá se desculpar com as senhoritas, não é?—

O homem olha para Sun, que apenas parece amigável, mas Heijih, que está atrás dele, não parece nem um pouco amistoso.

— Claro, senhor. Eu já pretendia me desculpar, hehe.— O bêbado respondeu já juntando ambas as mãos como se rezasse. Ele se virou para Rine e a garotinha, e falou sorrindo: — Perdoem-me, damas.— Rine e Maya, sentiram de longe o hálito de álcool do bêbado.

Mas, como se já não bastasse o mau cheiro, o homem estendeu a mão, com intenção de passa-la no cabelo de Maya. A última apenas  o olhou com repulsa para as mãos do bêbado e se agarrou a Rine. Sun interviu novamente: —Não a necessidade de tocá-los. Apenas vá embora.— Ele pôs os dedos entre as sobrancelhas e suspirou.

O homem nem pensou duas vezes e saiu dali, cambaleando.

A princípio, tinha algumas pessoas ao redor, mas não se aproximaram do Líder; com o tempo a multidão se dispersou. Era meio dia, horário de pico, então poucos reparavam em alguém tão importante, como o líder da Nação, andando por ai, mas os que reparavam, pensavam estar enganados.

Sun enfim olhou novamente para Rine: — Você... quer ir almoçar? Precisamos conversar.— Ele não sabia o que falar, então disse isso.

Faziam meses, é natural que não consigam interagir muito bem.

Rine não se surpreende: — Tenho que leva-la para comer mesmo.— Ele diz, sem nem olhar para Sun.

Rine estava diferente do mesmo que Sun conheceu tempos atrás, ou Sun estava enganado?

Maya enfim folga o aperto no pescoço de Rine e espia com quem ele estava falando, passando os olhos sobre Sun, que sorri para ela. Ela quase se acalmou, mas olhou para Heijih e óbvio, se assusta com expressão assustadoramente fria do mesmo, ela volta a se encolher no colo de Rine, que parece que não está muito confortável segurando a garota, que já não é mais tão pequena.

— Se você quiser, eu a seguro.— Sun se oferece, estava claro que Rine estava a carregando faz tempo, mesmo sendo, de certa forma, forte.

Rine nega imediatamente: —Não mesmo! Digo, não quero que ela o incomode.— seu olhar parece temer algo.

Sun não desiste fácil, como esperado, ele insiste: — Não vai me incomodar, gosto de crianças.—

Dessa vez, Rine fala ainda mais desajeitado que antes: — Não precisa, além disso, ela não se da bem com estranhos.— Ele chocalha que não com a cabeça enquanto fala.

Mar De Fogo [BL]Onde histórias criam vida. Descubra agora