Capítulo 12. Almoço

59 13 56
                                    

N/A: Como assim você ainda não votou no capítulo? Pretendia votar no final, não é? (◑0◐)

Cap. 12

É mais ou menos uma hora da tarde, o clima está terrivelmente caloroso, os poucos pássaros que sobrevoam toda essa celeste sem nuvens acima de tudo e todos, estão cansados do voo sob alta temperatura.

É possível que esteja fazendo mais de sessenta graus Celsius. Sim, sessenta!

Não que isso seja anormal, afinal, é a Nação do Fogo. A temperatura é comumente alta, algo que humanos normais não costumam suportar, mas aqui é natural, os corpos se adaptaram e até mesmo necessitam disso para sobreviver.

Se um habitante da Nação do Fogo viajasse por cidades de outra nação sem o devido preparo em seus corpos, morreria em menos de uma semana. A Nação do Fogo detém as pessoas com a pele mais bronzeadas do planeta, a maioria é bem vista por outras nações, principalmente o seu atual líder, Sun Quin, que seria um dos mais bonito da nação, caso houvesse uma classificação oficial.

Mas agora, naquele lugar e com aquela expressão surpreendida, talvez Sun nem mesmo entrasse no top 20 dos mais bonitos.

Ele reveza entre encarar Rine e Maya, horrorizado.

- Espera, como você pode ser a mãe dela? Você afirmou ser homem anteriormente.- Sun está quase suplicando por explicações.

Rine, estava com veias na testa, de tão alto que Sun falou. Ele pensou por um tempo, Sun esperava, olhando fixamente para Rine, quando o último disse: - Vou explicar do começo. -

Ele estava quase falando, mas olhou para Maya.

- Vá ajudar a tia Suly na cozinha, peça para ela fazer uma sobremesa bem gostosa.- Rine sorri e acaricia a cabeça de Maya.

A garotinha desce da cadeira e vai imediatamente até a cozinha, como Rine pediu. Provavelmente pela parte que citou a sobremesa.

Vendo-a passar pela porta da cozinha, Rine olhou para Sun seriamente. - Quando ela disse que me encontrou, estava certa. Ela e o pai dela me encontraram após meu corpo desmaiado bater em uma roda d'água, alertando-a e a fazendo chamar o pai. O pai dela cuidou de minhas feridas, ele era muito carismático, o mesmo me chamou para ir com eles, claro, ele pensava que eu fosse uma mulher, mas mesmo sem saber minhas origens ou o porquê de eu estar naquele rio, ele me ajudou e passamos a conviver juntos, nessa cidade, como uma família. Definitivamente era uma pessoa adorável.- Sun interrompe.

- Era? O que houve com ele? - mesmo nunca tendo conhecido esse homem, Sun se sente estranhamente agradecido para com ele.

- Como vou falar se você interrompe?- Continuando Rine diz - Ele se chamava Tony e era um médico, nesses últimos meses nós moramos juntos, dividindo as tarefas e nos familiarizando, eu me sentia em família. Ele não perguntava do meu passado, nem eu do dele, apesar disso, ele me contava histórias incríveis da vida dele, foi divertido.- Rine parou subitamente, sobrancelhas caídas de tristeza.

- Até que, como uma bomba de informação, ele me contou o lado penoso de seu passado. Algo privado dele, portanto apenas resumirei: Ele estava doente, logo morreria, e precisava que eu cuidasse da Maya, que até então não se chamava assim, ele queria que eu escolhesse o nome, foi o que fiz e ela ganhou esse nome. Não me esqueci que ele morreria logo, claro. Eu pensava em como contaríamos a Maya, queria ir contando aos poucos, o que não aconteceu, porque ele...- Rine não sabia como completar a frase. - Ele se foi!-

- Ele morreu? Ai meu Hefesto*!- Sun estava fungando o nariz e chorando.

- Ah, o que? Não, não. Você está chorando?- Rine ri levemente - Ele não morreu... bom, talvez, mas eu não sei dizer, ele partiu antes que eu pudesse contar algo a Maya. Só deixou um bilhete estúpido...- Rine chacoalhava as mãos em negação a pergunta de Sun.

Mar De Fogo [BL]Onde histórias criam vida. Descubra agora