Capítulo 08. Médico

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N/A: Oi oi, Adris enchendo o saco de novo. Vi avisar que nesse capítulo terão duas referências: Uma é a um amigo meu(Antoniel-Tony) e também, um personagem da Marvel; a outra é a uma Síndrome existente no nosso mundo (caso isso seja um assunto sensível, se retire da história, pois essa doença é necessária no enredo). 

Cap.08

No Castelo Sem Chamas.

"NÃO TENTE JUSTIFICAR O QUE VOCÊ FEZ!" Sun está à beira de um colapso de ódio, seu rosto demonstra um ódio que o seu pai viu poucas vezes, mas ele não se abala.

"Porque está causando tanto? Neste exato momento não deve restar muito do corpo dela, no fim, era só uma escória nos espionando." Rikson está calmamente em sua sala, sentado em sua cadeira e tomando algo em uma xícara esculpida com um sol.

Com ainda mais raiva, Sun eleva ainda mais o tom de voz: "Você reze, reze para que eu ao menos encontre um corpo, ou o único corpo aqui será o seu. Eu não sei o que aquela guerra lhe fez para que você ficasse assim, mas a partir de hoje, eu te recuso como pai e não me considere mais como seu filho." Ele então sai da sala com uma batida e ordena a um guarda: "Vigie-o e impeça caso ele tente ferir um inocente sem ter provas novamente."

Andando até o portão ele chama Heijih, que o segue.

Sun nem dá uma olhada quando diz: "Você virá comigo vasculhar nos arredores do rio, chame mais seis guardas também, iremos a duplas para direções diferentes." E então ele volta ao seu quarto para trocar de roupa.

Como sempre, Lucia quem escolheu as roupas e preparou uma bolsa para Sun levar, ela ainda parece triste pelo que aconteceu.

Sun está parado enquanto ela ajeita as roupas no corpo dele, ele a olha e diz: "Lulu, não se culpe pelo que aquele estúpido fez. Além disso, troque com outra criada, não sirva mais ele e caso o veja, se afaste imediatamente. Esse homem não é o mesmo que te poupou a vida uma vez."

Lucia para o que está fazendo, sinaliza com a cabeça que o entendeu e olha nos olhos de Sun: "Você pretende procura-lo por quanto tempo?"

Sun pensa por um momento e diz: "Até que eu o encontre. Tenho esperança dele ter sido salvo por algum fazendeiro nos arredores do rio."

Lucia o observa calçando os sapatos, até que ela pergunta: "Você o considera bastante, quando se tornaram tão próximos?"

Sun termina de calçar os sapatos enquanto e reponde enquanto sai do quarto: "Eu... apenas sinto que já o conheci antes. Enfim, estou indo." Ele sai, e escuta a voz de Lucia o desejando sorte.

Em frente ao castelo, Heijih já preparou os cavalos e ordenou que os guardas fossem em determinadas regiões, restando apenas ele e Sun para partir.

Heijih diz respeitosamente: "Senhor, todos já foram. Ordenei que voltassem apenas após cinco horas de busca."

Montando em seu cavalo, Sun diz: "Certo, vamos."

Algumas horas antes, em uma carroça.

"Filha, pegue aquele lenço para mim." Diz o homem que resgatou Rine do rio diz a garotinha. Ela pega um lenço de dentro de um balde com água e o entrega ao pai, que passa cuidadosamente sobre as feridas de chicote em Rine.

Então ele olha para as roupas ainda molhadas de Rine e chama a filha de novo: "Meu amor, pegue aqueles cobertores para o papai." A menina não diz nada e apenas obedece, virando-se ele sussurra: "Eu não sei como você conseguiu ficar sem respirar por tanto tempo, mas isso ajudou para que eu não precisasse fazer reanimação cardiorrespiratória, ou ter que tirar suas roupas. Desculpe-me, mas preciso ver se há outros ferimentos e impedir que sua temperatura fique ainda mais baixa, senhorita. "

Quando ele se prepara para desabotoar a camisa de Rine, o último acorda. Ele vê o homem prestes a tirar sua roupa, mas não o impede, afinal, ele também é homem.

O homem percebe que ele acordou e para, tenta se justificar: "Oh, me perdoe, apenas queria impedir que você ficasse doente."

Rine olha para o local e quando percebe que tudo ao seu redor são árvores e estrelas, ele franze o cenho e olha para o homem desconhecido que agora a pouco estava tentando tirar suas roupas. Ele não desconfia, nem se ofende, ele apenas diz: "Obrigado, eu sou-" ele prendia falar, mas o homem falou por cima de sua voz.

"Não há necessidade de agradecer, apenas fiquei quieta e descanse. Ah, tente se trocar, eu me virarei." Ele fala isso e Rine suspira, desistindo de explicar que é um homem e se sentando para trocar suas roupas. O pai da garota se vira e começa a falar: "Meu nome é Tony, tenho 25 anos, aquela é minha filha. Nós viajamos por várias cidades pelo meu projeto de criar uma cura para a Maldição de Asperger*, a qual eu chamo de autismo*, uma Síndrome que minha filha tem e eu já tive. Nós te encontramos em um rio, você estava estranhamente vivo sem respirar, até achei que o seu coração batia como uma memória muscular. Ah, já tinha me esquecido de dizer, sou um médico." O homem enfim parou de falar, nesse tempo Rine terminou de colocar outras roupas, que para sua surpresa são um pouco femininas demais, mas ele não se incomoda.

Rine enfim tem tempo para falar, ele pergunta: "Pode se virar. Vocês estão viajando para onde? Ah, me perdoem eu atrapalhar a viagem. Meu nome é Rine." Rine se senta enquanto Tony, que estava brincando com a filha, olha para Rine

De repente ele pergunta: "Nós vamos parar na próxima cidade, onde você quer que o deixemos?" Tony usa óculos, tem cabelo curto e é extremamente carismático e falador, Rine se sente completamente à vontade.

Rine não esconde nada e apenas diz: "Eu não tenho para onde ir, qualquer lugar está bom. Obrigado, senhor Tony."

Como se tivesse tido uma ideia, Senhor Tony coloca a mão no queixo e depois diz: "Rine, não é? Não precisa me chamar de Senhor Tony. Eu estava pensando, a minha filha não tem uma figura feminina para se inspirar... Rine, eu posso lhe perguntar algo?"

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Nota. Autismo: Autismo é um transtorno de desenvolvimento grave, que prejudica a capacidade de um indivíduo se comunicar e interagir com outras pessoas. O autismo faz parte de um espectro de condições que limitam habilidades, interações sociais, comportamentos, a fala e comunicação não-verbal. Esses transtornos eram antes classificados separadamente como Síndrome de Asperger.

Nota. Maldição de Asperger:  Síndrome de Asperger (SA) é uma perturbação do desenvolvimento caracterizada por dificuldades significativas a nível dos relacionamentos sociais e comunicação não verbal, a par de interesses e padrões de comportamento restritos e repetitivos. [Na história, a autora se refere à síndrome como sendo vista como uma maldição.]

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