P.O.V ANA
Nosso fim de semana acabou ainda antes do pôr do sol daquele mesmo dia. A cena que a Jenny fez foi bem bonitinha, pra não dizer ridícula, ela quebrou vários vasos caríssimos que segundo a Vivi faziam parte da decoração da casa desde a avó da avó da Jenny e depois cortou os pulsos e os braços com os cacos de vidro, a Manu junto com a Joyce a socorreram, nos restou apenas arrumar nossas coisas e partir.
Tentei ligar pra Manu, liguei quase uma hora sem parar até descobrir que o telefone dela havia ficado na mala dela, mala que eu carregava. Quando cheguei em casa não havia ninguém além do idiota do meu irmão.
-Voltou mais cedo? Brigou com a namoradinha?
Provocou me rodeando.
-Não enche meu saco!
Foi tudo que eu disse pra ele enquanto ia pro meu quarto, chegando lá larguei minhas malas e as da Manu, e me joguei na cama, frustrada, preocupada e cansada, adormeci.
Acordei horas depois já era tarde da noite e eu ainda estava sozinha no escuro do meu quarto, acendi o abajur e procurei meu telefone achando ele embaixo de mim, não haviam mensagens nem ligações perdidas, abri um aplicativo de mensagens e abri a conversa em grupo que a Vivi havia criado ainda na sexta quando viajamos.
Ana Online
Ana: Alguém tem alguma notícia da Jenny? Manu?
... Demorou um tempo pra alguém responder.
Lális: A Jenny está em casa, Manu está com ela.
Vivi: É a Manu me ligou do telefone da Jenny há pouco, me pedindo pra passar ai e pegar umas roupas pra ela, acho que ela vai dormir lá.
Vivi: Você está em casa Ana?
Ana: Estou. Pode vir.
Ana Offline.
Eu me senti estranha com aquela informação, porque ela não ligou pra mim? O que eu havia feito pra levar um gelo desses?
Ainda pensativa fui até a cozinha, onde as coisas ficaram complicadas pra mim.
Estavam todos sentados na sala de visitas, sala de visitas que era caminho para chegar até a cozinha, meu pai, a Ester, meu irmão e a Fernanda, sim ela mesma, e riam de algo que meu irmão havia dito.
Fiquei lá estática olhando a cena, meu irmão estava de mãos dadas com a Fernanda, meu pai logo notou a minha presença e pareceu surpreso ao me ver.
-Filha? Vocês já voltaram? Pensei que só voltariam amanhã. Meu pai sorriu animado em me ver, como ele podia ser tão legal e ter um filho tão babaca?
Devagar ela se virou, estava de costas pra mim e eu me senti meio perdida sem entender bem o que se passava ali, os olhos da Fernanda encontraram com os meus e eu me desviei deles atordoada, fazia tempo que não nos encontrávamos assim de perto, fazia tempo que eu não olhava em seus olhos, mas eu não senti exatamente o que achei que sentiria, eu senti na verdade pena, por ela ter sido burra em ficar com o idiota do meu irmão.
Meu pai fez um gesto pra que eu me aproximasse deles e eu o fiz parando bem de frente pra o casal, meu irmão era todo sorrisos enquanto a Fernanda fingia sorrir eu a conhecia bem.
-Porque voltou mais cedo? Onde está sua irmã?
Perguntou a mãe Ester.
-Houve um acidente e a Jenny se machucou feio, a Manu socorreu ela junto com outra amiga nossa e as meninas me trouxeram pra casa hoje a tarde, o Tony me viu chegar, pensei que ele havia falado.
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Como Não Amar Essa Garota? [Romance Lésbico]
RomanceAna é uma adolescente normal, tem duas grandes paixões, sua melhor amiga Nanda e a música. Mas o destino... Bem o destino tem outros planos pra nossa garota.