Capítulo 27 - Home Sweet Home

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Ana

Manu tinha visto o anúncio de aluguel de uma casa perto de onde eu estudava, os últimos dois apartamentos que vimos não nos agradou o último foi pior porque o dono do AP ficou dando em cima da Manu e isso me deixou muito puta, mesmo que ela não tivesse dando bola pra ele e ficasse demonstrando a todo tempo que éramos um casal, eu não sou obrigada a aceitar um cara ou qualquer outra pessoa dando em cima da minha namorada!

-Pode cortar esse apartamento da lista!

Falei assim botamos o pé na rua.

-Mas porque amor?

Ela se fez de sonsa e eu a fuzilei com os olhos.

-Tu ainda tem a cara de pau de perguntar? Aquele cara dando em cima de tu porra! "Que belos olhos", "Tem uns lugares massa por aqui eu podia te levar"... Fiquei imitando o cara com deboche, enquanto a minha namorada ria divertida.

-Amor, nem se eu gostasse de homens eu ia com um tipo desses que se acha mais do que é.

Ela falou me abraçando e dando um beijo no meu pescoço, que arrepiou minha pele sob seus lábios, suspirei e resmunguei.

-Aqui não, a gente não sabe se tem um babaca preconceituoso olhando nós duas.

Manu franziu o cenho e olhou ao redor.

-Isso não devia ser um motivo pra eu não fazer um carinho na minha namorada.

Ela resmungou me soltando.

-Também acho injusto, da mesma forma que acho injusto quando um babaca dá em cima da minha namorada porque ele acha que eu não dou conta do recado só porque não tenho um pau.

Desabafei ainda puta com toda situação.

-E tu dá conta do recado ciumentinha?

Me provocou rindo da minha cara emburrada.

-Deixa a gente achar a nossa nova casa que eu te mostro.

Respondi com um sorriso safado nos lábios e Manu deu uma gargalhada provocativa me puxando pela mão, fomo assim de mãos dadas até o próximo endereço.

...

Manuela

Saímos do apartamento do tal cara com a certeza de que não iríamos aluga-lo, então fomos até a nossa última opção.

Nem  a Ana nem eu estávamos confortáveis com as situações que havíamos encontrado na primeira e na ultima visitas a apartamentos, eu estava até tentando disfarçar o desconforto de ser um casal e as pessoas nos julgarem por isso, era tão simples, um casal como qualquer outro tentando começar a vida juntas. Não sei s era a nossa diferença de idade que chocava as pessoas ou se era somente o preconceito arraigado que as fazia sem comportar assim, porém tudo que eu desejava era poder protegê-la de tudo que coubesse a mim fazer.

Os bairros que rodeiam o colégio onde a Ana estuda  foram cuidadosamente escolhidos por questão de estratégia, a localização! Apesar de distintos, de um lado da praça que divide o bairro, edifícios modernos e imponentes casas com altos muros revestidos por  trepadeiras e flores bem cuidadas, do outro lado um bairro antigo construído para ser o lar de oficiais aposentados, mas a obra abandonada por anos foi invadida por pessoas sem teto que ganharam depois de anos a posse das casas, a maioria reformou e continuou a morar lá, outros venderam a casa com medo de perderem a briga judicial.

A casa que iríamos ver era justo nesse bairro menos pomposo e já nos encantamos de cara com a fofura do lugar e de sua proprietária uma senhorinha muito simpática que nos recebeu.

Como Não Amar Essa Garota? [Romance Lésbico]Onde histórias criam vida. Descubra agora