Capítulo 17 - Fernanda II

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Olá,

Estamos de volta com essa história linda que eu amo tanto escrever!

Agora teremos uma pequena quebra no tempo, quem me acompanha sabe que eu amo uma boa quebra de tempo nas minhas histórias. E como eu havia avisado a primeira fase da nossa história foi concluída no capítulo anterior, num momento bem complicado para nossas personagens. Nosso capítulo de hoje é o início de uma nova fase na vida de nossas amadas personagens.

Eu amo essa história, tenho um carinho especial por ela graças a todos vocês que leem que cometam, que estão aqui comigo.

Obrigada.

Esse capítulo é dedicado a todos vocês.

...

P.O.V FERNANDA

Eu me sentia um lixo jogado na estrada,  perdi a minha melhor amiga e ainda a minha família,  depois que meus pais descobriram sobre meu aborto e sobre o abuso do Tony com a Manu eles não quiseram mais nossa união, mas assim que descobriram que eu estava novamente grávida as coisas mudaram de cenário e eu fui mandada pra fora de casa, claro que a família da Ana não ia me deixar na rua, claro que uma unica denúncia contra um homem de boa conduta, réu primário que na época do crime ainda era menor não teve a mínima relevância para o delegado responsável  e o Tony continua em liberdade, mas parece que eu finalmente abri meus olhos, eu não o quero mais, amo essa criança que está crescendo na minha barriga, mas não o quero mais. Tudo que vivemos de repente acabou só estou aqui ainda por causa desta criança que não tem culpa de ser filha dele.

Eu tenho observado muito a Ana e sentindo como nunca o impacto da nossa separação eu sei que eu fui um mostro pra ela com todas as coisas que eu disse e fiz, mas só Deus sabe o quanto eu sinto sua falta, do seu carinho, da sua amizade, do sorriso e das brincadeiras chatas, do jeito protetor que ela tinha comigo e eu fui tão burra em me apaixonar pelo Tony e de ter sido tão cega. Perdi a minha melhor amiga por isso. Tirei um filho e perdi principalmente o respeito e o amor da minha família.

Eu sempre desconfiei desse jeito de Manu com a Ana, essa era a mesma forma que a Ana me tratava antes, mas só gora eu consigo entender a Manuela, a Ana é apaixonante, não estou dizendo que estou apaixonada por ela eu sou bem heterossexual,  mas ela é uma garota apaixonante e que ultimamente tem estado bem triste desde que a Manu saiu de casa e está morando sozinha.

Acho que você tá meio perdido nessa parte não é? Então deixa eu explicar.

Depois da horrível discussão que revelou o canalha que o Antônio é, e da discussão dos pais delas sobre o relacionamento entre elas "irmãs", meu ex sogro sugeriu que Manuela fosse morar sozinha em um apartamento que ela estava tentando há meses conseguir, Manuela teria finalmente sua liberdade, mas a Ana estava presa em casa, só saia com alguém em sua cola, meu ex-sogro, nos levava e buscava todos os dias na escola e isso estava deixando a Ana ainda mais triste, sem computador, sem telefone, apenas a visita de uma amiga era permitida e se ele tivesse certeza de que a amiga não trazia notícias da Manuela.

Sinceramente, pra mim isso já era maldade..

Parece que ele enlouqueceu de repente, primeiro ele disse que não se importava e na semana seguinte prisão pra Ana.

Eu estava na sala observando a Ana vendo TV, ela não prestava atenção em nada que estava passando quando tive uma idéia.

- Tia Ester.

Chamei a minha ex sogra que passava por nós,  ela compactuava com o marido na separação do agora "meu casal" (N/A: kkkk eu tinha que botar isso).

- Oi.

- Pode me levar no shopping? Queria comprar umas coisas pro bebê que vi lá na semana passada.

Ela sorriu mas negou.

-Infelizmente não posso querida.

Respondeu.

- Eu posso pegar um aplicativo.

Sugeri.

-Sozinha?

- Não! A Ana pode ir comigo.

Ela parou e olhou pra Ana que parou de ver TV e nos encarou desconfiada.

-Ana está de castigo querida, você sabe bem disso.

Ela argumentou sem me olhar.

-Mas Tia,  eu não posso ir sozinha, a senhora não pode ir, a Ana pode ir comigo...

-Nem  pensar, ir no shopping com você é pior que esse castigo idiota, porque eu não sei ainda o que fiz de errado pra viver como uma assassina condenada.

Ana se fez ouvir olhando pra TV.

-Tudo bem, Ana pode ir.

Ela falou e eu vi a Ana dar um sorrisinho de canto, discreto quase imperceptível.

Ela se levantou do sofá bufando como quem estava odiando o que estava fazendo.

-Eu não quero ir.

Resmungou.

-Mas vai.

Ordenou a tia Ester.

-Ta, mas eu vou assim.

Disse apontando pra própria roupa, uma bermudinha de moletom e uma blusa preta de banda,  nos pés sandálias e os cabelos presos num coque frouxo.

- Vai até vestida num saco de batatas se quiser.

Ana bufou e caminhou até a porta.

- Vamos logo não quero perder o discovery Chanel sobre lontras selvagens. 

Resmungou abrindo a porta pra mim que sorria por dentro.

Já dentro do uber resolvo quebrar o silêncio.

-Quando você percebeu?

Perguntei e ela me encarou pela primeira vez em muito tempo.

-Eu te conheço há anos e notei você me encarando com pena.

Respondeu mas ao menos não foi grosseira.

-Eu não estava te olhando com pena.

Tentei me defender, em vão.

-Tá,  se você diz beleza, agora onde estamos indo de verdade?

Ela questionou curiosa.

-Você vai saber logo logo.

Sorri misteriosa e ela revirou os olhos.

Paramos minutos depois nos frente do edifício onde a Manu estava morando, nada muito luxuoso, mas também nada modesto.

Entramos e eu me adiantei até o porteiro e expliquei a situação pra ele, ele relutou mas no fim eu soltei uma grana pra ele que até me deu uma cópia da chave do apartamento.

Subimos e a Ana ainda me olhava curiosa, até tentou me questionar, mas eu a cortei.

A porta do elevador se abriu no décimo andar e eu já estava na porta do apartamento quando ouvi um gemido.

"PUTA QUE PARIU", o que eu ia fazer? Já estava aqui e a Ana também havia ouvido o gemido.

-Que merda é essa? Onde agente tá? 

Ela me questionou e eu fiquei sem ação. Por essa eu não esperava, não mesmo,  achei que a Manuela estaria em casa lambendo as feridas assim como a Ana estava, pensei que ela estivesse triste, não transando ás duas da tarde num sábado.

-Eu...

Comecei gaguejando, mas a Ana foi rápida e tomou a chave da minha mão girando na fechadura e abrindo a porta do apartamento.

...

Volto em breve.

Comenta muito que volto mais rápido.

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Bjus.

Como Não Amar Essa Garota? [Romance Lésbico]Onde histórias criam vida. Descubra agora