Como Não Amar Essa Garota? [Romance Lésbico]

Capítulo 15 - Vamos a la plaia oh, oh, oh ,oh, oh!!!

Algumas semanas se passaram desde a minha conversa com a Manu e ela está cumprindo bem o que disse sobre se afastar de mim, o que seria legal se ela não fizesse tanta falta na minha vida. E por mais que eu negasse isso a mim mesma e a qualquer outra pessoa, ela fazia tanta falta que as vezes chega a doer, penso em ir atras dela, mas desisto meus temores me travam.

Por esses dias eu tenho me sentido mais confortável na presença do meu irmão e da Nanda, acredito que o casal se merece e muito. Desde aquela discussão com a Nanda na escola ela mal me olha e eu sinto que uma amizade assim tenha chegado ao fim, o que mais me conforta é saber que me livrei de um problema.

Eu não soube mais da Jenny, nem das garotas da banda e nem quero depois dessa loucura toda, digamos que estou buscando me encontrar, me conhecer melhor, saber quem eu sou, infelizmente todas as vezes que paro pra pensar na minha vida eu penso na Manu e naquele sorriso torto que ela da as vezes, por vezes eu lembro da nossa noite e nos beijos que trocamos, no último domingo que foi há dois dias eu estava deitada na minha cama já era tarde quando ouvi a porta do meu quarto se abrir fiquei quieta e senti o cheiro dela invadir o quarto ela ficou lá deitada do meu lado por um tempo em silêncio acabei adormecendo de verdade e na manhã seguinte ela já não estava lá, a gente se via todo dia, mas estava tudo diferente e todo mundo parecia perceber.

-Filha? Meu pai chamou sentando na beirada da minha cama onde eu estava deitada lendo. - Podemos conversar?

- Claro pai.

Respondi fechando o livro marcando página e me sentei direito na cama pra olha-lo melhor.

- Você e a Manuela brigaram?

Arregalei os olhos diante da pergunta.

- Não.

Respondi sincera.

-E por que estão tão distantes? Mesmo quando não eram tão grudadas como nos últimos meses vocês estavam sempre juntas e agora mal se falam, o que houve?

Suspirei.

- Não é nada pai, a gente só deu um tempo.

Respondi sem pensar muito.

-E por acaso vocês duas são um casal pra dar tempo?

A pergunta do meu pai me pegou desprevenida e não deu pra disfarçar gaguejei e ele notou meu desconforto.

-Vocês terminaram?

Ele perguntou sem jeito, neguei com um gesto da cabeça.

Eu estava nervosa eu tinha medo da reação do meu pai.

- Não somos um casal pai... Mas, eu tenho sentimentos pela Manu.

Falei num impulso de coragem que não sei de onde veio. Talvez fosse o meu desejo de tê-la novamente, talvez se meu pai não rosnasse e me batesse por esta apaixonada pela minha irmã eu conseguisse aceitar e quem sabe acreditar que ficaríamos juntas e feliz pelo resto de nossas vidas.

Meu pai estava sério me encarando, fiquei com medo do que viria a seguir, repreensão? Ódio? Compreensão? Tremi nervosa.

-Manuela já sabe o quer da vida, mas você não, eu não vou brigar com você, não vou gritar eu já sabia que você gostava de meninas, seu irmão me contou, eu até gostava da tal Jenny amiga da Manuela, ela é bonita, você tem meu bom gosto. Falou como se me confidenciasse aquilo do bom gosto para mulheres, corei diante do comentário. Mas você e a Manuela são irmãs se isso der errado o que vocês duas vão fazer? Não quero uma família partida, não quero vocês duas juntas, existem milhares de mulheres no mundo com quem você pode se envolver, não vou brigar por você gostar de garotas, eu praticamente criei a Manuela e você é minha filha as amo incondicionalmente não quero ver nenhuma das duas magoadas, isso eu não aceito. E tratem de voltarem a serem as boas irmãs que eram.