– Nos vemos no próximo final de semana, certo? – Jungkook prometia à filha, a cabeça dentro da parte de trás do carro, apertando o cinto de segurança dela e sorrindo-lhe quando a mesma lhe beijou a bochecha e confirmou aquilo.
A porta bateu com calma enquanto se virava, vendo a mulher de estatura pequena atrás de si, os cabelos loiros batendo na altura dos ombros e os braços cruzados e encolhidos dentro da blusa fina.
– Obrigado por ter ido buscá-la hoje... – ela agradeceu, sorrindo, e Jungkook esfregou as mãos no tecido da calça, acenando uma vez. – Eu realmente não queria ficar até mais tarde hoje, mas me pediram e eu...
– Está tudo bem, Baejin. – ele a agraciou com um sorriso honesto. – Você realmente não precisa me agradecer por passar tempo com a minha filha.
– Não foi isso que eu quis dizer, você sabe. – ela deu um passo em frente, abrindo os braços para abraçar o moreno e assim Jungkook o fez, segurando-a pela cintura e tendo os ombros seguros por ela.
– Ela já jantou. – disse por fim, Baejin já passando para o outro lado do carro. Ela acenou, confirmando aquilo e entrando.
Jungkook as viu ir, sorriu à noite de céu limpo e refez o caminho pelo relvado até à porta de casa, a mesma o esperando encostada.
– Hyung. – foi a primeira coisa que disse ao voltar a ver Jimin, o mesmo ainda na cozinha, levemente reclinado sobre o balcão, olhando a pequena flor. – Ela já foi.
– Ei... – ele se virou, recompondo a postura e se aproximando do moreno, ficando na sua frente e pousando as mãos nos seus ombros. – Comprou um girassól?
Jungkook não podia responder àquilo e dizer que depositara todo o rumo da sua vida em uma flor, por mais escasso que o tempo tivesse sido antes de mudar de ideias.
– Podemos nos sentar? – perguntou baixinho, olhando os braços do menor esticados até si.
Eles se sentaram, na mesa redonda ficaram lado a lado e Jungkook pousou os braços sobre a mesma, encarando os próprios dedos e sem subir o olhar disse:
– Me desculpe por ter escondido. – quando Jimin não disse nada, Jungkook se decidiu a encará-lo e ver a expressão de quem espera por mais. – Me desculpe mesmo, eu não quis... – ele suspirou, cansado de ter a cabeça cheia de forma a que nada queria sair, tão habituada à sensação. – Eu me envolvi com alguém seis anos atrás e nós... nós tentamos ir mais longe, mas não resultou. Não resultamos juntos e depois de terminarmos descobrimos que, bom... Tínhamos feito Yang.
Esperou que o mais velho dissesse algo enquanto tentava raciocinar, e embora tivesse demorado mais do que previsto, Jimin falou.
– Você realmente tem uma filha... Eu não acredito... – balbuciou ele, os pensamentos soltos para quem quisesse ouvir. – Ela é linda, Jun, eu...
– Você... Você não está chateado comigo?
Jimin sorriu de canto e trouxe as mãos para cima da mesa, as aproximando de Jungkook e segurando-lhe uma entre as duas.
– Como eu poderia? – começou ele, o tom calmo e compreensivo. – Nós não nos vimos por tanto tempo e isso... isso é totalmente culpa minha, então eu não posso te culpar por não querer me apresentar a sua filha ou me falar sobre ela. Eu só... – ele riu baixinho. – Eu achei que você tivesse alguém e não tivesse me dito. E bom... nós os dois, você sabe. Isso seria errado para mim.
Jungkook suspirou.
– Eu só... – ele queria se explicar, embora não soubesse como. – Yoongi-hyung e Taehyung também não sabem, então...
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Onde há uma casa amarela ]jikook[
Fanfiction[C O N C L U Í D A] Quando Seokjin planeou reunir os amigos que não estavam juntos há quase dez anos ele não esperava que tal ideia fosse ter tal resultado, afinal Jungkook sabia que ao ver Park Jimin ele voltaria a reviver velhas e boas memórias, f...