2.6 onde há um depois

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A última coisa que precisamos de saber sobre Jeon Jungkook é que ele lutou. Lutou por aquele momento, para estar ali e poder dizer que finalmente conseguiu. 

Nunca se sentiu tão sortudo por terem sido apenas sete meses necessários para que pudesse encontrar todos os seus amigos juntos, mais uma vez. Nunca se sentiu tão sortudo por serem sete. Sete era sim um bom número. 

– Eu estou cansado de sermos sempre os mais responsáveis, Joon. – Seokjin disse, de braços cruzados ao lado do marido, um bico nos lábios e depois virando-se para o mais novo na mesa e também o único para além deles. – Onde está Jimin? 

Jungkook se recostou na cadeira, preguiçoso e bocejando. Com um sorriso no rosto, disse: 

– Foi deixar Yang na minha mãe. 

Seokjin revirou o olhar. 

– Perfeito! – exclamou de forma irónica. – Esses dois vão conversar por séculos. 

Jungkook riu e, em segredo, encarou a tela do seu celular, que escondia por baixo da bainha da toalha de mesa, onde trocava mensagens com Park Jimin. O loiro sempre tivera uma boa relação com a sua mãe e, agora, desde que tinham deixado a mesma saber que haviam se reconciliado, apenas um mês depois de realmente o terem feito, a mesma não deixava Park Jimin nunca. Estava sempre por perto, ou pelo menos queria estar. Então, o que Seokjin dizia tinha uma ponta de cabimento, pois Jimin e Chin-Sun podiam conversar por horas como verdadeiros amigos. 

– Olá, bicharada! – Hoseok chegou ali alegre, pousando os braços pelos ombros dos casados, os abraçando, e ao sentar-se do lado de Jungkook apenas lhe deu um toque de mãos. 

Jung Hoseok e Jeon Jungkook não precisavam de abraços porque, ultimamente, eles se viam quase todas as semanas, afinal Jimin queria ser um padrinho mais presente na vida da afilhada, o que levava o casal a visitar a casa da mesma e algumas vezes mesmo levando Yang. 

Jungkook queria rir-se daquele idiota, contar aos amigos como Sun-Hee tinha feito perguntas difíceis para ele, sabendo que a resposta de Hoseok seria um aviso sobre como Yang iria crescer um dia também, no entanto, por cima dos cabelos de seus hyungs, Jungkook viu Min Yoongi na entrada, sacudindo a jaqueta fina de qualquer coisa e pendurando-a. 

– Com licença. – Jungkook se apressou a ficar de pé e apressou o passo até por onde Yoongi já passava. – Hyung. – o ar subiu com pressa pelas narinas e entrou pela boca, o deixando suspenso por um segundo. 

– Ei, pirralho. – Yoongi esticou o braço, bagunçando os cabelos do maior e sorrindo. – Nós não nos vimos desde então, mas eu fiquei sabendo... 

Jungkook concordou com um aceno, pois tinha quase a certeza que todos os seus amigos deviam saber das boas novas. 

– Eu quero pedir desculpa. – o moreno se colocou na frente dele, sem querer que ele fosse de imediato para a mesa. – E dizer obrigado. Mas pedir desculpa por tudo o que te disse sobre Taehyung e sobre... Me desculpe. 

– Não peça desculpa. – ele mandou, afegando-lhe o braço. – Seja o que for, naquele dia você percebeu que seu lugar é com Jimin. 

– Sim, Jimin e eu-

– Jimin, presente! – o loiro entrou por ali, Taehyung atrás de si, e Min Yoongi encarou o Jeon, o vendo bobo de repente, com os braços já preparados para receber a sua metade do puzzle. 

Jungkook o recebeu nos braços, o puxando para si mal puseram os olhos um no outro e sendo beijado na bochecha. 

– Yang te chateou muito? – o maior questionou, passando os dedos pelos fios claros e recebendo um aceno negativo como resposta. – Ainda bem. – acabou comentando, selando os seus lábios aos do menor por um instante. 

Onde há uma casa amarela ]jikook[Onde histórias criam vida. Descubra agora