Jungkook podia jurar que um tipo de filtro preenchia o seu olhar quando Jimin lhe aparecia na frente. Era como um tipo de sépia celestial que o fazia ver as coisas com mais clareza, que o fazia ver a preciosidade de tudo. Jimin era uma preciosidade daquelas...
Quando parou do lado da própria cama naquela manhã, com a visão da sua filha dormindo sobre o braço de Park Jimin, o mesmo a envolvendo em meio abraço, completamente adormecido também, o fez perceber que o filtro não caía sobre Jimin, mas sim sobre tudo o que ele envolvia.
Na altura subiu o braço para coçar os cabelos, como se estivesse confuso, mas nem lá chegou. Houve um momento que perdeu a noção do espaço e do peso, como se não estivesse ali. Os olhos alargaram-se, surpreso pela forma como aquilo o fazia sentir... completo.
Naquela manhã, quando Jimin saiu já a sua mãe tinha ido embora, no entanto, isso não se traduzia por "ela não o viu". Yang Mi ainda dormia na cama quando os dois se despediram de forma atrapalhada na porta, onde Jeon Jungkook não teve coragem de o beijar novamente. A pequena não fez pergunta nenhuma, mal parecia lembrada daquilo e por isso Jungkook achava que estava livre daquela parte.
No entanto, dois dias depois, Jungkook foi provado do contrário logo pela manhã.
Estava quase deixando a casa para deixar Yang Mi na escola e ir trabalhar quando bateram na sua porta. Estranhou, porque era cedo, porque não era normal receber visitas, ainda para mais por aquela hora.
– Quem é?! – ouviu a mais nova gritar para o outro lado, em frente da porta, sem se atrever a abri-la depois de o pai a ensinar que não devia fazer isso.
– É a 'vó, Yang! – respondeu a mais velha do outro lado, o que fez o Jeon mais novo apressar-se a ir até a porta e abrir a mesma. – Bom dia! – estufou as mãos na cintura, como se estivesse cansada de ir até ali.
Chin-Sun não morava muito longe deles, apenas alguns quarteirões e, às vezes, pela manhã cedo gostava de caminhar e parava pela casa do filho, principalmente quando a neta estava por lá.
– Bom dia... – embora conformado, Jungkook nunca entendera porquê que a mãe fazia aquilo, o deixando sentir que era uma criança que precisava ser checado de tempos em tempos para não fazer asneiras. – Pegue as suas coisas, Yang.
A pequena cumprimentou a avó com um abraço escasso e um beijo estalado na bochecha, depois caminhando de forma preguiçosa para o interior da casa.
– Café? – o mais novo ofereceu, entrando para a cozinha e sendo seguido, a chávena meio cheia o esperando.
A mulher negou, olhando em volta e sorrindo de forma subtil ao pousar o olhar no parapeito da janela.
– Já colocou água no seu girassól hoje?
Jungkook olhou a planta, acenando com a cabeça enquanto bebericava, encostado ali, esperando pela filha, quando olhou a mãe e percebeu um olhar muito mais simples do que alguém que estava falando de uma flor.
Confuso, Jungkook se questionou se tinha mesmo colocado água. Tinha iniciado o hábito que regar a planta enquanto a água para o café fervia na cafeteira e preparava o pequeno almoço da mais nova. Não se podia ter esquecido mas... será que o seu girassól estava para morrer?
– E Jimin?
Jungkook pousou a caneca antes que a mesma se despedaçasse no chão e escondeu as mãos dentro das mangas compridas da camisa folgada que vestia.
– Jimin o quê? – acabou dando as costas à mãe, temendo aquele assunto dos pés à cabeça.
– Vocês pareciam chegados naquele dia.
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Onde há uma casa amarela ]jikook[
Fiksi Penggemar[C O N C L U Í D A] Quando Seokjin planeou reunir os amigos que não estavam juntos há quase dez anos ele não esperava que tal ideia fosse ter tal resultado, afinal Jungkook sabia que ao ver Park Jimin ele voltaria a reviver velhas e boas memórias, f...