Sonhos De Uma Noite De Verão( TodoDeku E KiriBaku)Em Revisão

VII

- Posso ficar aqui mais um pouco para descansar?

- Claro vem aqui deita comigo, deixe eu aproveitar um pouco mais sua companhia, já que será a última vez.

O coração de Eijirou pareceu que falhou uma batida. O garoto loiro estava convidando para se deitar com ele depois do sexo! Ele deitou na cama em seguida é abraçado por um Katsuki cansado, mas ainda assim lindo. Nunca imaginaria isso, já sonhara é claro em dormir agarradinho no outro, mas nunca pensou que algo remotamente parecido fosse acontecer. Não podia se iludir se Bakugo queria tanto assim casar com Midoriya, então não estava nem perto de conquistá-lo. Entretanto, antes da tão tenebrosa notícia já havia terminado tudo entre eles, afinal Katsuki nunca iria mudar, não ia continuar aquela relação que iria mais cedo ou mais tarde machucar muito seu coração.

Foi até ali apenas para saber a decisão dele em relação ao casamento, no caminho pedia internamente para que o loiro tivesse desistido do casamento. Isso não aconteceu, sabia que tinha que ter saído logo, contudo nunca conseguiu resistir ao outro. Ele se obrigou a parar de pensar nisso antes que lágrimas saíssem de seus olhos, os fechou e ficou apreciando o carinho que recebia, algo que nunca aconteceu até então.

Enquanto fazia carinho na cabeça ruiva, o loiro se perguntava por que estava fazendo aquilo. Quando Kirishima fechou os olhos ele ficou admirando a beleza.

Kirishima era lindo, isso foi a primeira coisa que atraiu Bakugo para ele. Depois ele descobriu outras qualidades, como a alegria, a força de vontade e o fato que quando o ruivo está em um local tudo era preenchido com o entusiasmo e risos. Katsuki descobriu muito a respeito de si mesmo também enquanto estava com o outro. Ele ficou ali abraçado com o ruivo e lembrando de muitas coisas de tudo o que levou até ali: estar prestes a casar com Deku e estar transando com kirishima.

Flashback

Quando mais novo ele era o rei das crianças do bairro onde morava todos faziam o que ele queria, mas somente o Deku aquele moleque baixinho e envergonhado que Katsuki realmente chamava de amigo, e para puro descontentamento era o único que nem sempre seguia as suas ordens.

Lembra muito bem quando o esverdeado foi contar que gostava de meninos. Aquilo tinha sido um choque ele não sabia como reagir e antes que conseguisse fazer ou falar algo outro menino que estava atrás de uma árvore escutando a conversa deles gritou a todos:

‐ Gente o Izuku é viado.

Em poucos segundos todos os garotos estavam ali e começaram a rir e dizer várias coisas "Credo você só vinha brincar com a gente para poder dar em cima de nós", "Izuku quem de nós você quer? Credo que não seja eu", "ele quer o Bakugo é óbvio". Enquanto isso lágrimas começavam a sair do rosto de Midoriya e quando o seu nome foi citado sem saber como reagir Katsuki empurrou o menino de cabelos verdes e saiu dali.
Logo a escola inteira estava falando daquilo e o loiro estava com tanta raiva dentro dele, como Deku podia ter feito uma coisa assim? Como ele podia ter estragado a amizade deles dassa maneira? Logo o próprio Bakugo era um dos que fazia piadinhas e atormentava a vida do garoto. Mesmo com algo dentro dele dizendo que aquilo era errado, mesmo com uma enorme dor no coração.

Com o passar dos anos Katsuki percebeu (ou melhor, parou de se esconder) que também era gay, e não sabia o que fazer, tinha medo que tudo que aconteceu com seu antigo amigo acontecesse com ele também. Tentou reprimir aquilo, pensou em ficar com várias garotas, as mais lindas, mais gostosas, afinal todas caiam aos seus pés, todas queriam ele era só escolher, mas nenhuma era boa, nenhuma atraia ele, então ele encontrou uma garota com os cabelos verdes com quem começou a conversar e decidiu beijar, fora horrível, mas no meio do beijo ele tentou pensar que era um garoto de cabelos verdes, aquele garoto de cabelos verdes. Isso fez o beijo ficar melhor e quando acabou abriu os olhos e viu que realmente não era, saiu dali sem nem ao menos falar com a garota, os amigos foram atrás dele pedir o que estava acontecendo. Fervilhando em raiva ele apenas gritou "Eu sou gay". Parou e olhou para o grupo de meninos que estavam atrás dele todos com a boca aberta, respirou fundo e disse.