CAPÍTULO 13 - A Rainha do tráfico

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Gregório:

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Gregório:

Me sinto um completo idiota. Confiei em Camila e ela me decepcionou profundamente. Tudo que quis desde o começo foi que ela mudasse de vida, deixasse as farras, as drogas e a curtição. Paguei sua dívida não para que ela ficasse me devendo alguma coisa, mas para que ela tivesse a oportunidade de recomeçar, para que ela tivesse uma segunda chance na sua vida.

Deixo a água do chuveiro escorrer pelo meu corpo, não consigo sair do banheiro e encará-la. Acho que estou nessa situação a uns trinta minutos, simplesmente não sei como sair do banheiro e ver a cara dela. Estou com muita raiva dela, mas estou com mais raiva de mim mesmo, porque deixei ela entrar na minha vida e fazer uma tremenda bagunça.

Ela jurou pra mim que não bebeu ou se drogou, ela parece lúcida, mas mesmo assim me sinto traído. Pensei que poderia mudar ela, mas eu estava completamente enganado; Camila não tem mais jeito, ela não quer mudar de vida.

Esmurro a parede do banheiro com força. Droga!Porque fui me apaixonar por Camila? Por que por ela? Porque por uma viciada?

Os minutos em silêncio dentro do banheiro me fizeram refletir.
Será que Camila está falando a verdade? Será que ela não usou drogas ou bebeu?

Ela voltou cedo, talvez se tivesse usado drogas teria voltado pela madrugada. Ela pode ter sido sincera, até me pediu perdão.Estou tomando a atitude correta diante de uma viciada? Mesmo que ela tenha tido uma recaída estou fazendo certo em julgá-la? Sei que o processo de libertação da dependência química não é fácil, pode haver recaídas.
Pode ser que se a pressionar e cobrar demais, ela saía pra se drogar? Merda! Fiz errado em lhe tratar mal.

Já se passaram minutos e tudo ao redor parece silêncio. Desligo o chuveiro e pego a tolha que está sobre o suporte no banheiro. Enrolo a toalha em volta da minha cintura e saio do banheiro o mais rápido que posso.

Quando abro a porta e entro no quarto e me surpreendo com o que vejo. Me deparo com Camila sentada sobre minha cama, ela parece realmente mal, os olhos vermelhos e inchados, as lágrimas ainda escorrem pelo rosto e Camila soluça muito. Sinto uma vontade imensa de abraça-la, de dizer que a perdoo, que mesmo que ela tenha tido uma recaída irei ajudá-la. Mas me mantir firme, parado de frente pra ela sem reação nenhuma, sem saber como agir.

Quando seus olhinhos cor de mel me vêem, ela tenta secar as lágrimas, tentou esconder que estava chorando mas é nítido. Ao lado dela na cama está sua mochila cor de rosa, visivelmente cheia.

O que Camila pretendia fazer? ir embora e me deixar sozinho?
Claro né, em dois dias acabaria seu período de um mês na minha casa, um mês de estádia. Ela quer apressar sua saída, talvez ache que eu quero isso, ou talvez realmente ela queira ir embora. A verdade é que não quero que ela vá embora, desde o começo nunca quis que ela ficasse por apenas por um mês. Não posso deixá-la partir, não posso deixá-la sair da minha vida, não dessa maneira.

Meu tenente Gregório! (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora