Hellooooo viados e viadas do Vale Colorido!!! 😋✌🌈
Turo bom com cês?
O capítulo não é tão grande porque vai ser dividido em dois.
Boa leitura! ;)
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Louis olhava atentamente para o meu sobretudo de tecido grosso enquanto encaixava todos os broches dourados que eu supostamente deveria pendurar pouco acima do peito. Algo sobre ser de uma patente alta, e eu não ligava muito, mas ficava bonito. Todo o traje era escuro e grosso, deixando claro que estávamos no inverno.
Ele suspirou alto e ofereceu um sorriso fraco pra mim, dando um tapinha no meu ombro.
- Prontinho.
- Você está bem? - Perguntei franzindo o cenho.
- Aye. Acho que vou treinar essa tarde. - O príncipe deu de ombros e não parecia muito animado. Ele estava demorando para se acostumar com o novo excesso de tempo.
- Tudo bem. Divirta-se e se cuide. - Beijei a sua bochecha e caminhei para fora do quarto. Alguns minutos depois, eu estava montado em Bell indo em direção a prisão fora da cidade. De vez em quando, eu fazia uma visita ao lugar, para observar os prisioneiros e a estrutura. Nas últimas vezes em que fui, o ambiente não parecia muito pacífico.
Muitos olhares desconfiados e confusos para mim, uns de raiva e outros de esperança. Eu imaginava que esse último era devido ao "favor" que Louis fez à alguns prisioneiros deixando-os voltar para Skellige.
Assim que adentrei a prisão, guardei Bell no pequeno estábulo para guardas e o deixei mastigando uma cenoura. Guardas me cumprimentavam com acenos e continências por todos os cantos, todos me conheciam. Suspirei antes de entrar em um dos pátios principais, podendo ver vapor saindo da minha boca. Começava a nevar em Streymoy e a cidade conseguia ficar ainda mais bonita.
Assim que passei pelos portões de acesso, os olhares com os quais eu estava acostumado me acharam. Andei lentamente por entre as grandes mesas nas laterais, procurando atentamente por qualquer coisa suspeita na estrutura do pátio. Um buraco, uma cadeira sem perna ou um olhar suspeito demais.
Logo o lugar estava recheado com murmúrios sobre o príncipe e eu. Não sobre o nosso relacionamento, mas sobre nossa posição e o que poderíamos fazer por aquelas pessoas. Eu duvidava fortemente que eu poderia ajudá-los de alguma forma, eu não tinha o poder, mas eles não sabiam disso.
Um movimento à minha direita me chamou atenção e eu virei o rosto. Um homem gordinho caminhava decididamente para mim, porém sem uma postura agressiva. Muito antes dele poder me alcançar, outro prisioneiro, de roupas mais sujas e pele mais escura, se levantou e usou a mão para impedir que o colega desse mais um passo. Pude ouvir que eles começaram a discutir, mas não entendia direito as palavras porque os murmúrios se tornaram ainda mais fortes.
Outras pessoas se levantaram e começaram a vir até mim, todos os guardas no pátio pareceram ficar nervosos com a situação. Eles começaram a gritar ordens para que todos se sentassem, que foram completamente ignoradas. Algumas pessoas ficaram próximas demais e eu ergui as mãos indicando para elas pararem. Os prisioneiros ficaram quietos, com uma pequena parcela de medo em seus rostos.
Um segundo depois, escutei o barulho de um soco na direção de onde os prisioneiros anteriormente discutiam. Então o pandemônio começou. Rapidamente, mais pessoas entraram na briga, uns tentando separar e outros intensificando a disputa física. Os skelliganos que estavam parados ao meu redor pareceram ficar desesperados correram até mim, segurando em meus braços, implorando para que eu os levasse para Skellige como Louis fizera.
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Os Campos de Ard Skellig (Larry)
РазноеSão tempos difíceis. O continente está tenso, prestes a ser consumado em guerra. Mais e mais catástrofes naturais aconteciam sem a menor explicação. Os estupros e assassinatos aumentaram. As árvores e plantações não dão frutos como davam antigamente...