Cake Thief

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Hellooooo viados e viadas do Vale Colorido!!! 😋✌🌈

Turo bom com cês?

VAI TER MUITO LARRY NESSE CAP SIM! *-*

Portanto, recomendo que escutem: Sweet Creature do próprio Mr. Styles 😌

Boa leitura! ;)

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No caminho de volta, o príncipe não disse nada. Eu preferia assim. Era um dos momentos em minha vida que eu só queria aproveitar o silêncio e aceitar as coisas como elas são. Acho que ele entendia isso. Às vezes eu sentia que ele entendia coisas sem que eu precisasse explicar.

Como eu o entendi quando ele matou os dois homens de Skellige.

Não é moral sentir prazer ou satisfação ao matar alguém. Mas quem liga para o que é moral ou não quando aqueles homens poderiam matar tantos dos nossos? Matá-los pode ter evitado dezenas de mortes de cidadãos comuns em Streymoy. Eu diria que seria imoral não sentir felicidade e alívio com aquilo.

Assim que chegamos no castelo de Stavanger, fomos ao estábulo e deixamos os cavalos por lá, caminhando em silêncio até o castelo. Fui em direção ao meu quarto e ele foi ao dele, não trocamos nenhuma despedida. Tomei um longo banho e fiquei de cueca com uma camiseta longa e confortável, me ajeitando na cama para dormir, mas o sono não veio.

Tinha sido um dia cansativo e chato, porém eu não conseguia pregar os olhos. Me revirei na cama tentando ficar mais confortável, mesmo sabendo que esse não era o problema. Todas as camas naquele bendito castelo eram formidáveis. Então escutei o barulho de passos baixinhos no corredor do lado do meu quarto.

Consegui sentir seu cheiro um segundo depois e me levantei, indo até a porta e abrindo-a no exato momento que o príncipe erguia a mão para bater. Ele levou um pequeno susto inaudível, mas depois sorriu para mim. Me movi para o lado, dando passagem a ele, que andou até minha cama e sentou.

Ele colocou o tabuleiro de Gwent que carregava consigo encima da cama e recolheu suas cartas de seu bolso. Fui até o criado mudo ao lado de minha cama e peguei minhas cartas também, me sentando à sua frente na cama, o tabuleiro entre nós. Jogamos por horas e horas sem parar. Sem falar nada também.

Não nos importávamos: O silêncio podia ser bastante confortável entre a gente. Lembro-me da primeira vez que fiquei à sós com o príncipe, em Skellige, e ele não conseguia parar de me perguntar coisas. Isso mudou drasticamente, aparentemente.

Em certo ponto, eu podia sentir minhas pálpebras pesando. Parecia ser 2 da madrugada, por aí. O príncipe jogava quase aleatoriamente, suas escolhas de cartas não faziam o menor sentido. Sua cabeça pesava para um dos lados as vezes, então ele balançava para tentar se manter acordado.

- É melhor dormirmos. Acordaremos cedo amanhã para o treino. - Falei baixinho, colocando minhas cartas sobre o tabuleiro.

- Uhum, tem razão. - Ele respondeu tentando se manter acordado e concordando com a cabeça tão lentamente que nem parecia se mover. Eu ri de leve com a cena.

- Se você for para o seu quarto nesse estado vai acabar dormindo no corredor. Pode ficar aqui por esta noite. - Eu ofereci e ele moveu o tabuleiro com as cartas para o outro lado da cama, me chutando de leve em seguida. Saí do seu caminho e ele alongou as pernas, se enfiando por debaixo das cobertas e abraçando um travesseiro. Um pouco folgado esse homem?

Revirei os olhos e retirei o tabuleiro da cama, colocando-o sobre uma mesa de leitura no canto do quarto. Andei pelo quarto apagando as tochas e me movi para o outro lado da cama, deitando ao lado do príncipe. Ele já havia apagado completamente.

Os Campos de Ard Skellig (Larry)Onde histórias criam vida. Descubra agora