Precisei de mais de 4mil palavras para terminar esta história de amor entre uma devassa e um santo (não tão santo assim no final)
Eu amo transformar em palavras as cenas que minha mente cria e demorei anos para ter coragem de fazer isso publicamente.
Hoje me sinto realizada e feliz com o terceiro livro finalizado e compreendendo que eles são uma escala evolutiva em relação a enredo e construção de personagens.
Por maior que seja o prazer na escrita, a felicidade só se materializa quando alguém lê.
Diante disso, impossível agradecer a companhia de vocês na escrita desta história. Obrigada por insistirem e persistirem, mesmo quando não consegui escrever.
Cada comentário, cada figurinha e emoji me estimulou a escrever mais e mais.
Graças a vcs, uma nova história esta nascendo e em breve estará por aqui.
Por enquanto, vamos nos despedir de Martine e Benjamin.
Sentirei saudades deles.
***
16 anos depois
A Devassa
— Por que eu deixei que você se sentasse ao meu lado naquela igreja mesmo, Martine? — coloquei as mãos sobre a boca para conter, inutilmente, mais uma gargalhada
— Na verdade fui eu... — comecei e Aurelie me cortou em um sussurro que mais parecia um grito. Voltei a rir descontroladamente.
— Ahhh, cala a boca, Martine! — ela bufou e começou a me imitar com voz infantilizada — "fui eu quem sentei do seu lado, pipipi popopo..."
Como permanecer séria e em silêncio com uma amiga louca daquele jeito. Estávamos quase a tarde toda escondidas naquele armário. Já tínhamos trocando confidências repetidas, porque uma sabia tudo da vida da outra, discutido, implicado, declarado amor fraterno uma pela outra e agora estávamos brigando de novo.
Só porque eu tinha dito que era uma péssima ideia ter nos escondido ali para tentar flagrar o que nossas filhas estavam aprontando.
Elas tinham se tornado melhores amigas desde o dia que eu coloquei Marry, minha bebê morena com incríveis olhos azuis, nos bracinhos miúdos de Mariana, a ruivinha com um ano e meio.
Nunca mais se separaram, assim como Aurelie e eu.
Depois que chegamos no Canadá, as coisas pareceram se encaminhar como se fôssemos nativos. Instalamo-nos em uma grande fazenda ao redor de Ville Marie de Montréal, uma cidade encantadora aos pés do Monte Royal e à beira mar.
Florence e as filhas se acomodaram em uma casa próxima da nossa, assim, mantínhos o contato e, ao mesmo tempo, a privacidade.
Privacidade esta que Benjamin e eu desfrutamos, conhecendo e rompendo nossos limites de prazer. Por várias vezes, dispensamos todos os criados apenas para desfrutar dos vários cômodos da casa.
Um ano depois, quando comecei a vomitar descontroladamente de manhã, não precisei adivinhar que estava grávida. Chorei em pânico e Benjamin não sabia se comemorava, me confortava ou se deseperava também.

VOCÊ ESTÁ LENDO
A devassa e o santo [COMPLETO]
RomanceUma baronesa libertina Um seminarista por puro Um casamento arranjado A devassidão de Martine d'Aulnoy corromperá a santidade de Benjamin Gaillard? Se vc estiver lendo esta história em qualquer outra plataforma q não seja o Wattpad, provavelmente...