15🌑

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- A montanha do tempo existe desde de que me entendo por gente. Ou melhor, por Tril.

Eu e Akira estavamos caminhando pela extensão que era o mundo dos Trils. Depois de sua inexplicada partida eu esperei que ele me procurasse, e foi o que ele fez no dia seguinte quando me acordou cedo me convidando para um passseio. Nós agora estavamos em frente a uma montanha não muito grande, mas alta o suficiente para que seu topo fosse visto com um pouco de dificuldade. Era notório que era venrada por cada um dos Trils que ali naquele mundo habitavam. Era uma figura curiosa de se olhar, mas sua maior peculiaridade era o grande e velho relogio em seu topo, um modelo antigo, e é apenas isso que posso dizer sobre ele, já que não podia ver muito do alto da montanha. Akira agora me contava sua história pacientemente.

- Contam que foi a montanha não foi algo natural, foi algo construido por Trils. Para ser mais exato quanto a isso, arrisco em dizer que possa ter sido contruida pelos primeiros trils existentes.

- Há como subir lá? - pergunto, curiosa.

- Tem uma escada na lateral.

- Podemos subir? - pergunto animada com uma possível aventura. Para minha grande surpresa Akira começa a rir como um louco.

- Qual a graça?

- Somente duas pessoas podem subir - fala ele se controlando - juntas, e com um pouco de esforço. E mesmo com isso, so podem subir em uma situação de extrema emergência.

- Quem são? - indago.

-  Ora Jenny, você é muito curiosa - fala ele me olhando - mas sou paciente, e vou lhe contar mais um pouco sobre o que este lugar abriga e possui. Não tudo, não hoje, mas um dia prometo lhe contar tudo. - ele diz piscando.

- Vai me contar ou não? - falo e lhe lanço o olhar mais irritado que consigo.

- Claro. - ele diz com calma - Há uma geração enorme e antiga de mestres e mestras espiãs. Eu sou o mais novo como bem sabe. Para subir aquela montanha - ele aponta para o topo da mesma - é preciso que a pessoa, no caso as pessoas em questão, sejam o mestre e a mestra espiã atuais.

- Então onde está a sua...hã...parceira? - pergunto com a sobrancelha erguida.

- Ai está - fala ele com os olhos faiscando - estou esperando por ela... a anos. Acho que... nunca poderei tê-la. - essa última frase sai como um sussurro.

Algo como um soco no estômago me atinge e sou dominada por uma forte vontade de abraçar Akira, dou alguns passos e tento chegar até ele.

- Akira...

Akira se afasta como assim que minha mão estendida toca seu braço, e me olha com uma dor no olhar.

- Sabe o caminho de volta para seu quarto não sabe? - pergunta, o olhar triste em mim.

- Sim - falo, a voz fraca.

Ele me olhar por mais um segundo e some novamente em nuvem de escuridão. Começo a caminhar para casa, o olhar cheio de dor de Akira invandindo meus pensamentos a todo instante.

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- Jenny? Acorde.

Abro os olhos lentamente, ainda está escuro lá fora e me demoro um pouco até me acosutumar a escuridão, quando consigo enxergar algo a minha frente vejo o rosto de Scott próximo a mim, esperando eu acordar.

Toque de RecolherOnde histórias criam vida. Descubra agora