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— Se o Taeyong perguntar, diga que nos encontramos por acaso. — Jaehyun falou assim que chegamos na calçada da minha casa e eu olhei pra ele com o cenho franzido.
— Isso é medo do Taeyong?
— O quê? Medo do Taeyong? Apenas não quero que as coisas fiquem más interpretadas.
— Haha, você é muito engraçado mas sem a graça em si. — Debochei e o garoto apenas não disse nada. — Você é tedioso.
— O quê? — Ele perguntou ainda confuso e eu apenas dei de ombros. — Está dizendo que eu sou um tédio?
— Sim, nada divertido, não é tão comunicativo, não sente nada, é uma pedra de fato. — Concluo.
Apenas lhe dei as costas e entrei em minha casa, minha mãe provavelmente deve estar no trabalho ainda, no entanto, o Taeyong estava em casa e vegetando no sofá, ele nem era para estar em casa, esse garoto está se graduando em que afinal de contas?
— Você é o primeiro e deve ser o único universitário que vive jogado no sofá de casa. — Reclamo e Taeyong revira os olhos. — Deve estar brincando de receber um diploma, pelo que vejo.
— Sabia que você fala demais?
— Seu amigo estranho está lá fora. — Aviso antes de subir as escadas e ir para os meus aposentos até porque eu sou uma princesa.
Quem me dera!
Assim que adentro o meu quarto, sinto que enfim vou ter algum momento de paz e sossego, sem aquelas pessoas nojentas do colégio por perto pra me infernizar, parando melhor pra pensar, ler os sentimentos dos outros me deixa cansada, ainda mais aquele esquisitão.
— Verdade, eu me sinto tão mais exausta agora, tenho que parar de ficar tentando ler ele. — Falei pra mim mesma jogando a minha mochila em cima da cadeira giratória.
Preciso pensar com mais clareza e fazer apontamentos do porque este ser 'humano' não ser como os outros. Será que há outras pessoas como ele? Se houvesse então poderia até ter como matar minha curiosidade e embora eu tenha tentado interrogar ele, nada saiu como o esperado, o cretino é incrédulo demais e eu sou impaciente demais, tenho que pensar melhor no que fazer para a donzela abrir o bico.
Pensar me fez ficar com tanta fome que o meu estômago mais parecia um trovão a cada roncada que dava. Sai do meu quarto na intenção de ir até a cozinha encontrar algo para matar a minha fome mas aparentemente o universo conspira ao meu favor e por isso presenciei a cena mais cômica talvez que já tenha visto na vida.
— O que vocês dois estão fazendo? — Perguntei os assustando e Taeyong deu um pulo no sofá me olhando assustado.
— Nada!
— Vocês iriam se beijar? Eu atrapalhei?
— Tae-Ha, para de dizer bobagem! — Taeyong ficou alterado de repente mas eu não me abalei muito com isso.
— Taeyong não precisa ter vergonha, se você realmente tiver outros gostos eu vou respeitar isso, juro que não conto para os nossos pais! — Confessei e ele me olhou como se dissesse que eu sou uma idiota.
— Eu sou hétero, se você ainda não percebeu. — Ele revirou os olhos.
— Se você se diz hétero, então o que ele é? — Perguntei apontando em direção a Jaehyun que não havia dito nada até o momento, até porque o único a ter tido um ataque de gay panic ali foi o Taeyong.
— Eu me identifico como uma pedra. — O Jung explica simples e eu olhei pra ele séria.
— Haha, que engraçado usar meus argumentos ao seu favor em um momento inoportuno como este. — Ele apenas balançou a cabeça e eu me virei para sair dali pois minha barriga estava roncando.
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One Percent of Love - Jung Jaehyun
FanfictionO que você faria se pudesse medir a intensidade dos sentimentos das pessoas, como um termômetro que mede os graus de febre de alguém? Lee Tae-Ha tinha essa habilidade, no entanto ela encontra alguém em que não importa a situação ou o que esteja sen...