Esse filme é imperdível para os amantes de carro e violência. Há quem diga que Stephen King atropelou alguém e se safou por causa dessa história do livro, ou seja, ele fez a história para mostrar para ao mundo que existem veículos possuídos por entidades malignas que matam pessoas mesmo sem ninguém no volante. Ponto para a inteligência do Stephen King que nos permite usar a desculpa do carro amaldiçoado até hoje e que fez até virar filme pra ninguém precisar ler.
Quando eu vi o título do filme achei que seria só um carro atropelando pessoas, algo que sempre é divertido. Mas fui surpreendida pela criatividade. Carros podem matar pessoas das mais diversas maneiras. O filme começa com o carro na linha de montagem, só aí já decepa a mão de um mecânico que abre o capô e depois mata de forma inexplicável outro mecânico sem escrúpulos que entrou no Plymouth Fury 1958 fumando charuto e ainda bateu cinza no banco do carro novinho que AINDA TINHA PLÁSTICO NO BANCO. Absurdo. Morte merecida. Se todo carro pudesse se defender assim de mecânicos vigaristas o mundo certamente seria um lugar melhor.
O carro assassino se chama Christine, ou seja, nome de mulher. Fiquei muito feliz com a escolha do nome que retrata bem o universo dos carros. Eu sei que o Rogerinho não admite que ninguém fale mal de Transformers, mas infelizmente, eu tenho que trazer esse alerta porque ninguém está falando sobre isso: Transformers não representa o universo dos carros como deveria, não tem nenhum CARRO ROBÔ MULHER. E todo mundo sabe da grande quantidade de carros mulheres que tem por aí: a Kombi, a Towner, a Sprinter, a Ambulância, a Ferrari, a BMW, a Carreta, a caminhonete, a Saveiro, a Belina, a Hilux, a Caravan, a Porsche, a Mitsubishi, a Brasília só para citar alguns. É com pesar no coração que eu trago essa informação sobre a falta de representatividade feminina em Transformers, mas eu acredito com convicção que Hollywood precisa prestar atenção nisso. Filme de carro é coisa SÉRIA e ninguém é OTÁRIO.
Voltando à Christine, o carro mata geral: prensado no banco do carro, por engasgamento, prensando pessoas contra a parede, explodindo posto de gasolina e o melhor: só tem um atropelamento. E não é qualquer atropelamento. Quando Christine, ainda em chamas, por ter explodido o posto de gasolina, persegue um valentão que tinha quebrado o vidro dela com taco de baseball (ele parece uma mistura do Wolverine com o Casagrande), ele tenta fugir pela estrada feita para pedestres - que o Renan explicou que tem nos Estados Unidos - e Christine pegando fogo passa por cima do vândalo e ele fica lá na estrada que nem um saco de batata pegando fogo.
Falando em carro pegando fogo, lembrei da vez em que acidentalmente coloquei fogo na van do Renan. Ele me falou do problema de mau cheiro causado pelo Tamanduá falecido. Eu ensinei que quando tem defunto no ambiente tem que colocar incenso pra tirar a energia negativa que fica, como o cheiro estava muito forte coloquei um monte. Sempre que alguém morria na ambulância eu fazia isso, eu gastava mais com incenso do que com comida. Fomos gravar o programa e quando voltamos o teto do veículo estava pegando fogo com o Renanzinho dentro. O Renanzinho passa bem, Renan falou que é normal, ele está naquela fase do fogo e as vezes pega fogo até sozinho. O cheiro de queimado deu uma melhorada no mau cheiro e depois o Renan tacou mais fogo na van, teve um probleminha porque botou fogo numa moto no processo, mas ficou tudo bem.
Gostaria de destacar a sensibilidade do veículo que sempre liga o rádio antes de assassinar alguém. Rogerinho falou que tá certo, vândalo gosta de droga e todo mundo sabe que ambiente de música é ambiente de droga, então o vândalo morre feliz, tá correta a sensibilidade do carro.
Outro destaque é a habilidade de auto regeneração do veículo: depois de cada morte ou ato de vandalismo (dessa juventude rebelde dos anos 80 que Charles Bronson matava COM motivo) Christine se arruma sozinha, fica novinha sem nenhum risco. Não sei o que os cientistas andam fazendo que ainda não inventaram um carro assim.
O final é muito triste, um trator pilotado por um casal babaca destrói Christine e manda ela para o ferro velho. Confesso que chorei por ver um carro tão bonito e inteligente sendo destruído assim. Lamentável. Mas ainda assim recomendo esse filme pela criatividade da matança.
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Filmes Para Assistir Enquanto Dirige
FanfictionContinuação do livro "79 filmes para assistir enquanto dirige" Versão da integrante nunca mostrada: Simone. Co-escrito por Ju Moraes e Jaq Oliveira