Paz, guerra, trevas e amor

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P.o.v Draco

Nos sentamos no chão novamente e era muito estranho essa sua mania já que tínhamos um sofá logo ali, porém não contestei.

De frente um para o outro com os braços sobre a pequena mesa, eu fingia observar o livro a minha frente e sentia seu olhar sobre o meu.

- Ãn...sabemos que toda maldição precisa de um encantamento e se algo assim aconteceu pelo menos duas vezes então ao menor deve ter sido passado de geração para geração.- tomo a iniciativa de começar o assunto tentando esclarecer e ligar os pontos.

- Não temos como saber se o livro ou pergaminho ou o que quer que for usado para ser repassado o encantamento foi passado para a geração atual, mas não podemos arriscar.- ela mordia a ponto da varinha e buscou em um pacote ao seu lado um doce que ergueu para mim antes de por na boca.- Quer?

- Não.- faço uma careta esquisita para as gomas de gelatina laranja em sua mão- Continuando, os dois casais que sabemos morreram de forma misteriosa, ambos encontrados no gramado da escola no fim do ano, por volta de dezembro onde já nevava.- suspiro e olho as fotografias presas as folhas velhas do livro.

- Se sabemos que tudo isso aconteceu por causa de um coração partido e tudo que ela pediu para que fizesse era se separarem, se odiarem ou que o Malfoy esquecesse de vez da Granger então tudo que você precisa fazer doninha é não se apaixonar por mim.- ela gargalha ao final de sua fala tombando a cabeça no sofá e com as mãos na barriga.- Como se fosse possível não é?

- De fato, eu nunca me apaixonaria por você sabe-tudo.- com o estômago revirado pelo descaso de meus sentimentos eu procuro uma gelatina do seu pacote e encontro uma verde, coloco-a na boca e olho para longe.- Mas vai saber se a louca da pessoa que amaldiçoou nossos ancestrais não apenas pensasse que eles se amavam e decidiu amaldiçoa-los para que no fim apenas morressem.

- Não acho que seja possível e ainda muito estranho que seus ancestrais tenham morrido, se ela o amava tanto então porque matar os dois?- ela disse e u fiquei quieto refletindo, realmente não fazia sentido que os dois morressem que ela o amava tanto a ponto de tal, se é que podemos chamar isso de amor, tá mais pra uma obsessão maluca.

- Não teve mais nenhum sonho com isso? Talvez tivéssemos respostas.- ela negou com a cabeça.

- O último sonho que tive fazem dias e foi quando entrei no seu quarto, quando vi o livro de feitiços com o obleviate.- percebi que ela ficava desconfortável com a ideia de tal feitiço.

- Você tinha dito que viu algo estranho com Tori.- desviei o assunto e voltei para nossa suspeita.

- No dia que tivemos que sentar juntas na aula de poções, ela achou esquisito o fato de estarmos próximos e mandou eu ficar longe, eu disse que tinha escutado a conversa de vocês na noite anterior, quando vocês falavam algo sobre casamento ou sei lá e isso a irritou.- ela desvia o olhar com as bochechas um pouco vermelhas.

- Granger...sabia que é falta de educação escutar a conversa dos outros?- tirei com a sua cara que pegou a almofada e jogou na minha cara, peguei a mesma a tempo e sorri de lado antes de lhe responder - É parte de um acordo que minha mãe e a família dela querem fazer, Tori acha que com o tempo eu possa começar a gostar dela do mesmo jeito que ela gosta de mim.

- E acha que pode?  Acha que consegue viver assim?- seu tom era mais suave como se estivesse entrando em um terreno perigoso. Desviei a atenção de seus olhos e encarei minhas mãos calejadas sobre a pequena mesa.

- Não.- uma resposta rápida e direta, realmente não achava que seria tão simples esquecer a morena que estava na minha frente, mas mesmo que isso chegasse a acontecer eu não acredito que possa sentir o mesmo tipo de amor que Astória sentia, eu tenho muito carinho por ela, mas nunca mais que isso.- Vou tentar pegar o livro que você viu, precisamos de mais pistas sobre o que quer que tenha acontecido com esses dois antes de morrerem. 

Maldição a Bela e a Fera (Dramione)Onde histórias criam vida. Descubra agora