O Operário

18 3 2
                                    

Ao sol penoso
O operário se entregava pelo suor
Nas ruas de asfalto
Lá deixava seu legado:
O seu humilde e belo trabalho
Trabalho que custava seu porte físico
Onde suas mãos viravam magias
Sua mente, acolhedora
Altas horas para criar bens e moradias

Ao fazer sua obra sagrada
Sua mente acolhia todos
Fazia pensando
em que tipo de pessoa iria usufruir
Fazia do seu jeitinho
Cada tijolo colocado
Era um cuidado empregado

Ao voltar para sua casa
O simples operário
Não tera noção da sua importância
Já que todos o menosprezavam
Por ser simples e mau interpretado

Ao abrir sua porta
Entrou para seu templo
Sentou numa mesa e tomou um café
A cabeça cheia de estresse
Mas gostava do que fazia
Olhou ao seu redor
E lá ele viu sua importância
Olhou cada detalhe feito por ele
Ele quem cria casas
Outros cadeiras, portas, janelas...

Uma lágrima descera no seu rosto
A face manchada pela marca do trabalho
Ele via que cada tijolo que colocava
Era um lar para uma família ou uma pessoa
Que cada casa que fazia
Era um templo de descanso para mais um
Onde todos no final do entardecer
Só quer descansar em suas moradas
Feitas por pessoa simples e rejeitadas
Onde na qual nem saibamos, talvez
Quem as criou
O que estavam pensando
enquanto construíam
Quem são
Ou pelo que passam

Operário
Herói de todos nós
Nos protege e nos conforta
Com sua mão de obra
Sim, mão de obra
Sabe por quê?
Porque cada toque é uma arte feita
É uma arte útil
E o mais importante
É uma arte onde podemos ser nós mesmos

Mensagens Desvendadas Onde histórias criam vida. Descubra agora