Ó Mar!

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Ali, onde o mar, quebra num cachão
Rugidor e monótono e, os ventos
Erguem pelo areal os seus lamentos

Ali se há de enterrar meu coração
Queimam-no os sóis da adusta solidão

Na fornalha do estio, em dias lentos;
Depois, no inverno, os sopros violentos
Lhes revolvam em torno o árido chão...

Até que se desfaça e, já tomado
Em impalpável pó, seja levado
Nos turbilhões que os ventos levantar...

Com suas lutas, seu cansado anseio,
Seu louco amor, dissolva-se no seio.
Desse infecundo, desse amargo mar!

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