Jaime estacionou em frente a minha casa e eu me preparei para descer, porém, senti suas mãos nas minhas, que me puxaram de volta, me impedindo de sair do carro.
— Não vai me dar um beijo?
Comecei a me aproximar para beija-ló, mas ele me interrompeu, perguntando:
— Está tudo bem com você?
— Por que não estaria?
— Você está me evitando, e você sabe disso.
(Você deveria falar com o professor Jaime também.)
— Você finalmente descobriu que é hétero e não quer me dizer? — ele perguntou. — Vamos, apenas diga. Vai doer sim, mas fazer o que?
— Jaime, isso de novo não — suspirei. — Não é isso, não tirei conclusões precipitadas igual você fez no parque aquático.
— Então me diga o que está acontecendo. Eu te amo e eu quero ajudar em tudo — ele colocou a mão em minha bochecha. — Eu sei que não gosta quando eu digo isso, porque você ainda está confuso. Mas eu não posso evitar, eu te amo muito.
(Isso é bom, ele realmente ama você.)
(Ama?)
(Muito.)
Coloquei minha mão sobre a sua que estava em cima da minha bochecha. Fechei meus olhos e sorri, enquanto senti Jaime se aproximar. Ele deixou um rápido beijo em minha testa e eu abri meus olhos novamente.— Vamos, me diga.
— Eu também amo você, Jaime.
Ele ergue as sobrancelhas, surpreso. E as suas bochechas, por vez, ganharam cor.
— Eu ouvi isso mesmo?
— Sim, eu amo muito você.
Ele sorriu como nunca antes e cerrou os olhos, como se fosse chorar, em seguida respirou fundo.
— Meu Deus, eu estou tão feliz.
E, como esperado, ele começou a chorar, sem tirar o sorriso do rosto.
— Não precisa chorar! — exclamei, limpando suas lágrimas com meus dedos, achando a situação engraçada.
— Desculpa, você me faz sentir como um adolescente de novo, às vezes.
— Você tinha razão, não é?
— Sobre o que?
— O amor é clichê, não importa o que a gente faça — suas lágrimas pararam de escorrer e afastei minhas mãos que agora estão molhadas. — Fica aqui hoje comigo, pode ser?
Ele balançou a cabeça e entramos dentro da minha casa. Não demorou muito para começarmos a nos beijar na minha sala.
Jaime se virou para mim, com o corpo nu, que está coberto pelo coberto. Tínhamos feito amor outra vez, e foi melhor do que a primeira.
— Então, você é gay?
— Eu não sei.
— Como assim não sabe? — questionou. — Você se lembra que algumas horas atrás disse que me amava?
— Eu tenho certeza que eu não sou hétero, eu só não sei se sou gay ou bissexual — desviei o olhar dele, pensando. — Acho que bi.
— Gay ou bi, você não deixa de ser meu futuro marido.
— Que convencido. — eu disse, me aproximando um pouco mais e deitando minha cabeça em seu peito.
Jaime aproveitou e começou a acariciar meu cabelo, me fazendo fechar os olhos.— O que você acha de eu dormir aqui hoje?
— O que você acha de começarmos a morar juntos?
Ele parou de acariciar meu cabelo.
— Você está falando sério?
Abri meus olhos e o encarei.
— Por que eu não estaria falando sério?
— Eu não sei, é que... — ele respirou fundo. — É claro que eu quero morar com você.
— Minha casa, sua casa ou vamos comprar um apartamento novinho e pequeno para começar do zero?
— Um apartamento novinho e pequeno para começar do zero, com certeza.
— Então, amanhã depois da escola, vamos dar uma olhada nos apartamentos. Quero fazer essa mudança o mais rápido possível.
— É, eu também.
Ficamos em silêncio e ele voltou a acariciar meu cabelo.
— Jaime.
— Hm?
— Eu te amo.
— Eu amo mais.
— Duvido. — falei, fechando meus olhos.
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Teachers
RomanceAdam Christopher, sempre foi apaixonado por história, assim como seu prazer em ensinar também sempre veio acompanho dele. Sendo assim, nada o impediu de se torna um jovem professor de história, que trabalha em uma escola da Califórnia. Adam ama seu...