Capítulo 3

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Passo meu dedo de leve sobre as pétalas da rosa, que apesar de não ser minha flor favorita, era uma flor bonita. E, além disso, a curiosidade está me matando. Quem deixou isso em minha mesa?

— Não vai tomar seu café de sempre? — Brianna, professora de inglês, perguntou para mim sorrindo.

— Ah, claro.

Eu deixei a rosa sobre a mesa e me levantei, mas Brianna me fez sentar de novo.

— Relaxe, eu fiz café para mim, tem um pouco para você.

Ela pegou uma xícara e depositou café ali. Agradeci e tomei um gole.

— Que linda rosa é essa com você?

— Eu ganhei.

— De quem?

— Eu não sei — ela levantou uma sobrancelha, confusa. — Estava na minha mesa quando eu cheguei, talvez tenha sido um aluno.

— Querido, se fosse um aluno, ele teria lhe dado uma maçã — ela disse. — Acredite, tenho muitos anos como professora.

— Você não é tão velha, professora, tem apenas...

— 59 anos? — ela me interrompeu, rindo. — Estou quase para receber minha aposentadoria, querido. Você ainda é jovem, eu não.

— Bem — olhei para rosa. — Certeza que não foi um aluno?

— Certeza, talvez tenha uma bela ou belo professor querendo te conquistar aqui.

— Será? — perguntei, sentindo meu rosto esquentar. Alguém está realmente interessado em mim?
Escutei a porta da sala dos professores ser aberta. Ergui o rosto e vi Mary, ela parecia furiosa.

— Bom dia, Mary — Brianna disse, com um sorriso. Mary, não disse nada, apenas devolveu uma cara fechada. — Está brava?

— Sim, algum problema?

— Não, mas por que está brava?

— Velha intrometida — ela sussurrou e fiquei feliz que Brianna não havia escutado. — Vocês ficaram sabendo dos boatos?

— Que boatos? — perguntei.

— Os alunos estão falando que Jaime é gay!

— Jaime? O novo professor de educação física? — Brianna perguntou, ajeitando o óculos.

— É, ele mesmo!

— Você está irritada com isso? — ela perguntou. — Qual o problema dele ser gay?

Ela virou o rosto. Sabia que não contaria dos seus planos de se divertir a noite com Jaime para Brianna, que ela considerava uma velha chata.

— Nenhum.

Mary se sentou a mesa.

— Ou, quem sabe até foi esse Jaime que te deu essa flor. — a professora de inglês disse apontado para a rosa.

— Não, impossível.

Peguei a flor, lembrando que foi Jaime que me entregou ela depois de acha-lá em minha mesa. Claro que não foi ele.

— Realmente impossível — Mary arrancou a flor de minhas mãos. — Algum aluno deve estar brincando, quem se apaixonaria por você, Adam?

Encolhi meus ombros, um pouco triste pelas suas palavras.

— Não seja tão má, Mary! — exclamou Brianna, tentando pegar a flor de volta.

— Má não, apenas sincera.

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