CAPÍTULO 9-DARK ROOM IMPROVISADO

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(ALERTA: ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES! )


Ricardo chegou na casa do colega onde seria a festa de despedida.

Suspirou pensando se algum dia teria acesso a um verdadeiro dark room de uma balada gay.

Retirou o piercing da língua e colocou no estojo num cantinho, pois sabia que tinha alguns rapazes que não gostavam de ser chupados por homem que usava piercing. Tinha que se lembrar de pegá-lo antes de ir embora.

_Fogo furar a língua pra enfiar este alfinete!_xingara a tia Cotinha quando ele chegou em casa com aquela coisa enfiada na língua.

_Confesso, tia, que se soubesse que iria doer tanto, não teria feito, mas um amigo me convenceu de que estava na moda veado furar a língua e eu caí na lábia. 

Ricardo acreditou que, na verdade, não haveria ali ninguém diferente dos rapazes que ele já tinha pegado na escola, todos reconhecidamente fãs de suas felações e, com certeza cientes de que se chegassem ali sujos, fedorentos e com más intenções, levariam a pior.

Tudo bem que ele aceitara participar da orgia ali naquele cantinho, nos fundos da casa...doido pra sacanear com as xoxotinhas que se achavam donas dos bofes mais gostosos da escola e ele, com certeza, teria o prazer rir nas caras delas depois. 

Claro que Ricardo estava focado em alguns preferidos e em um bem difícil: Adriano Evangelista.

Sabia que Ronaldo Aleixo estaria ali, com certeza, porque o ideia fixa que era hétero não iria perder aquela oportunidade.

Malvino Dias, depois de espalhar que ele era ativo, parecia ter engatado na ideia de que ele poderia convencê-lo a mudar de posição e também talvez aparecesse ali para aproveitar uma ilusão de que o pau que entraria na boca de Ricardo depois seria aceito no traseiro do mesmo. 

Diziam que a festa era pra poucos, mas Ricardo achou que quinze era um grupo bem grande se todos se decidissem a chegar ali nos fundos em busca de seu carinho labial.

Chegaram a oferecer pagar pelo serviço, mas ele sabia que em nome da tia Cotinha pra quem ele prometera que nunca iria se prostituir, teve que recusar...mesmo precisando de dinheiro. 

Todos sabiam que iria rolar uma puta sacanagem na festa, não tinha como evitar, porque era simplesmente o último dia em que estariam juntos como turma de alunos.

Logo, logo muitos alunos iriam sumir no mundo...iriam sair do país e, dentre eles, Ângelo Fischer o maior pegador da escola na opinião de Ricardo. Aquele sim era carta totalmente fora do baralho para Ricardo.

Agora gay assumidíssimo se sentira, porém, orgulhoso, dentre todos os gays da escola, ter sido ele o escolhido para fazer os boquetes  num quartinho discreto nos fundos da casa. Todos com dezoito anos, aquele encontro seria praticamente um batismo para a maioria.

_Mas como, cara? Lá vai estar cheio de garotas!_assustou-se Álvaro com a ousadia do outro.

Ricardo tinha uma forte desconfiança de que Álvaro tinha mais do que uma queda por Ângelo Fischer, mas o bonitão já estava na quinta namorada...mais dezenas de ficantes...dezessete garotas, para ser mais exato, pois Álvaro contara uma a uma e viera contar para o amigo gay, mesmo imaginando que o próprio Ângelo não se dera a este trabalho...isso aos dezoito anos. Enquanto isso, Álvaro não conseguia se ligar a ninguém, pois o seu amado estava indo embora e, com ele, todos os sonhos do filho do faxineiro das Empresas Fischer de fazer o amor platônico se tornar real.

_A mulherada vai estar exibindo suas bundas à caça de um pau quando a gente convidar os rapazes para darem uma fugidinha lá no fundo a fim de ganharem um tratamento de macho._riu o Ricardo deliciado com as possibilidades de se divertir._Te confesso que vou atrás do Adriano Evangelista, porque sempre sonhei em chupar o pau dele.

MEDIDAS DESESPERADAS!-A HISTÓRIA DE RICARDO-Armando Scoth Lee-conto gayOnde histórias criam vida. Descubra agora