CAPÍTULO 16-A PROMESSA

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(ALERTA: ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PRA MENORES!)


Ricardo já esperava por aquilo: o primo procurá-lo pra tirar satisfações sobre a noite anterior.

Agnaldo Timóteo mandou chamá-lo na recepção do salão onde o depilador trabalhava.

A expressão do motorista era digna de uma fuga pelos fundos do salão, mas Ricardo já havia se preparado para aquele confronto. Não seria o primeiro hétero macho homofóbico que viria jogar sobre ele a responsabilidade daquela aventura gay.

_Me convença que não fez putaria  comigo ontem enquanto eu estava bêbado, Ricardo, ou eu vou fazer farofa de biba aqui mesmo!_o primo parecia prestes a avançar no depilador.

Ricardo revirou os olhos impaciente, pois já conhecia aquela reação: o cara  gostou da experiência, mas achava que se admitisse perderia  a credibilidade como macho hétero!

Bom saber como lidar com situações como aquela, o depilador admitiu para si mesmo...evitava levar umas porradas!

_Ei! Você acha que eu sou de abusar de bêbado, Agnaldo Timóteo?_falou Ricardo  indignado._Me respeite que eu sou dez anos mais velho do que você, garoto! Até parece que eu preciso me humilhar e  pegar homem chapado pra comer o meu rabo lindo! Me inclui fora dessa, Agnaldo Timóteo! Por acaso já te dei algum motivo pra pensar isso de mim?

O primo sentiu um grande  alívio ao ouvir aquilo  e se desarmou:

_Graças a Deus então._pigarreou desconsertado._É que quando acordei hoje, me pareceu...

Ricardo o interrompeu impaciente:

_Te pareceu o quê? Que sua piroca estava batendo palminhas de um gozo bem feito?

O motorista arregalou os olhos já se armando novamente, acreditando que o primo então tinha mentido e ainda estava enrolando ele!

Ricardo não se intimidou ao ver o primo crescer novamente pra cima dele e  colocou uma unha longa e bem feita bem no peito musculoso de Agnaldo Timóteo.

_Se algo aconteceu ontem à noite...foi  culpa sua!_frisou bem a última palavra e a que veio a seguir._Você me agarrou, jogou no sofá, me deixou totalmente prensado e impossibilitado de reagir...

O motorista arregalou os olhos e pareceu perder o chão!

_Eu, esta pelinha aqui...uma libélula, pra usar as suas próprias palavras, Agnaldo Timóteo! Acha que eu seria páreo para um guarda-roupas feito você? Sem chances contra todos estes músculos!

Agnaldo Timóteo foi empalidecendo, talvez por estar tendo lapsos daquele episódio da noite anterior, conforme o primo os descrevia.

 _Estou todo doendo, porque o meu rabinho apertadinho nunca, mas nunca mesmo enfrentou um cacete como o seu, Agnaldo Timóteo! O que é aquilo, homem?_arregalou os olhos. _Juro que fiquei com medo de não aguentar o tranco! São Jorge foi quem me deu forças!

Aquele era o caminho, a melhor estratégia, Ricardo sabia: quanto mais elogiasse a masculinidade, força  e a virilidade do primo, mais protegido estaria de levar uma surra. O segundo passo era se humilhar, se diminuir em grau de força e se assumir como um ser inferior e impotente. 

O plano estava dando certo e Agnaldo já parecia a ponto de pedir desculpas pelo que tinha acontecido!

_Ricardo, pelo amor de Deus...eu estava bêbado, cara...esquece isso, mano..._suplicou pegando o primo pelo braço e o levando para um canto, temendo que alguém ouvisse aquela confissão.

MEDIDAS DESESPERADAS!-A HISTÓRIA DE RICARDO-Armando Scoth Lee-conto gayOnde histórias criam vida. Descubra agora