CAPÍTULO 8-NEM PALHAÇO E NEM PASSIVONA!

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(ALERTA: ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES! )


Malvino Dias e Ronaldo Aleixo realmente deram o pontapé inicial na vida gay de Ricardo!

Depois de Malvino Dias espalhar pra todo mundo que Ricardo era um gay ativo...Ronaldo Aleixo foi atrás tapando os buracos afirmando que ele era passivona, talvez temendo que algum dos colegas viesse a deixar vazar que o poderoso havia dado uma lição em Ricardo no banheiro. Não podia deixar que achassem que ele era o passivo...tinha que ficar bem claro que tinha sido Ricardo o submisso e não Ronaldo!

Ricardo já conheceu o termo odiando! Passivo...beleza, isso ele realmente era e fazia questão de deixar bem claro antes do encontro, pra não ceder para outros Malvinos Dias. Mas chamá-lo de passivona...definitivamente era pejorativo! 

Felizmente, quando aquilo chegou aos ouvidos da avó ali na escola, Ricardo já tinha juntado todas as suas coisas e fugido para a casa da tia Cotinha.

_É bom que vá mesmo, pois já não tem homem no mundo, agora criar um concorrente já dentro da família é foda, né, Marina?!_reclamou uma solteirona amiga da mãe de Ricardo.

Marina, mãe de Ricardo, só mandou um recado para o filho:

_Diga que quando ele virar homem novamente, poderá voltar, porque eu não gerei um veado...ele nasceu homem e se pôde virar bicha...tenho certeza de que se esforçar, vai achar o caminho de volta.

Ricardo não queria achar o caminho de volta, até porque não se julgava um desviado de seu caminho...muito menos fazia o caminho errado...ele estava no rumo certo!

Ronaldo Aleixo não só pediu bis/replay, como deu a ficha completa do negro para mais três colegas "machos" que queriam se divertir com aquele rabinho talentoso com uma boquinha de veludo de levar qualquer um à loucura!

_Macho que é macho continua sendo macho até dentro de outro macho!_afirmavam com orgulho de héteros os  amigos de Ronaldo.

_Mas é claro! Quem dá o cu é que é veado...quem come só cumpre a obrigação de predador macho abatendo presa folgada._riu o outro. 

E o outro pra completar:

_No final fiquei é com dó, gente...o pobrezinho até salivava olhando para o meu cacete duro bem lá perto do rosto dele.

Ricardo controlava o riso...apenas assentia...via os caras virem se esfregando nele...já botando o pau pra fora e pedindo uma chupetinha ali mesmo, num cantinho escondido atrás da quadra.

O filho de Marina já trazia sempre camisinhas nos bolsos, pois não dava pra arriscar, claro!

Foi neste ir e vir que Ricardo foi convidado para fazer a festa da rapaziada do final de ano na casa de um colega.

Já nesta época, Ricardo já conquistara alguns clientes para depilar as partes íntimas.

_Não, Alexandre...vamos marcar um outro encontro pra eu dar um trato aí nesta mata. Não consigo nem encontrar o seu pau no meio deste matagal, cara! Assim sufoca o infeliz e me faz engasgar!_repreendeu um de seus colegas carentes de uma boca solidária pra dar um alívio.

A maioria dos rapazes não se depilava ali... o cara não deixava de se sentir envergonhado, mas aceitava o convite...gostava do serviço...indicava para outros colegas que, mesmo sendo "héteros" procuravam os serviços de depilação de Ricardo.

_Virou putinha e está cobrando agora, é?_a tia Cotinha xingou quando o sobrinho veio lhe dar o dinheiro da luz e da água no final do mês.

Cruzou os braços e não pegou o dinheiro do sobrinho dizendo que não queria dinheiro sujo.

MEDIDAS DESESPERADAS!-A HISTÓRIA DE RICARDO-Armando Scoth Lee-conto gayOnde histórias criam vida. Descubra agora