Escuro Destino.

PRÓLOGO

A minha idéia de terminar a noite não era essa. Correr atrás de um estranho drogado e bêbado em um beco escuro e fedido.
  "Não. Realmente não".

Mas não pude resistir, a adrenalina de sentir a euforia,o prazer de mata-lo. Caminhava devagar para não assusta-lo ,mas sentir o seu medo ao perceber que me aproximava, contive a vontade de sorrir de sua cara assustada como qualquer tolo humano faria. Ele começa a correr de mim desesperado por sua vida inútil e miserável. O beco não havia escapatória, ele agarrava sua garrafa com tanta força que seus dedos ficam vermelhos, o que despertava ainda mais meu desejo por seu sangue. Eu o desejo. Meu corpo ansiava por seu sangue , minha garganta ardia. Ele estava parado em frente a uma parede alta de tijolos. Encurralado. Seu rosto medroso me deixa decepcionado, ao ver que ele era tão inútil que não lutaria por sua vida bravamente até o último suspiro. Um pequeno ponto de luz iluminava no canto do beco,  podia sentir sua respiração acelerada ,as veias salteadas do pescoço, chamando- me para terminar o que havia começado, eu me conhecia perfeitamente,  iria até o fim nessa caçada.

Mordo os lábios com força exagerada, sinto o sangue brotar em minha boca,  passo o dedo e sugo rapidamente o sangue dali.

--Quem está aí? -- o homem pergunta assustado, exalava medo. Eu adorava isso em todas as vítimas. Sua voz saí enrolada , por conta da bebida , ele não devia saber nem o próprio nome. Saio do escuro deixando que revelasse meu rosto. Ele cambaleia para trás e avanço em sua direção, o mesmo  se assusta com a minha presença repentina. Estou a poucos centimetros da minha presa. Levanto o olhar e sorrio diabolicamente para ele.

--Por favor...

Implora. Música para meus ouvidos. O som é  tão repetitivo antes das mortes. Como se algo foto pudesse salva-los de mim. Rio. Chega a ser engraçado esperarem que o " vilão " se sinta tocado. E desista da ação.  Seu rosto enrugado pela idade , cabelos mal cortados e pelas roupas sujas e fedidas, revelam que devia estar na rua a vários dias.

--Meu amigo. -- digo em uma voz calma e doce , mas sinto o desespero emanando dele como um perfume caro e fragrância forte, apesar do seu fedor o seu sangue tinha um cheiro bom.--Vai ficar tudo bem. Confia em mim.

Digo educadamente. Ele sabia que não podia confiar. Sentia isso nele, não o julgo por tal coisa, eu também não faria isso se estivesse em seu lugar. Passo a mão em seu rosto e ele estremece. Suspiro. Faço menção de ir embora ,me inclino para sair, sinto seu corpo relaxar, mas não resisto e avanço em seu pescoço, cravo os dentes em sua pele e sinto sua cria pulsar em minha boca.  Sinto seu sangue fluir em meu corpo, adentrando minhas veias, ele estava gritando de dor , agarra nos meus braços com força.

-- Senhor... -- balbucia com sangue em sua boca. Suplica para que parasse, mas não iria perder a chance de saborear a sua morte.

Ao terminar ja satisfeito, arrasto seu corpo sem vida, há uma lixeira mais próxima. Limpo as mãos no casado e caminho para fora do beco. Estava satisfeito, pode-se dizer que com uma pontada de felicidade. Poderia não ter matado aquele homem, não estava com fome ou realmente precisando. Mas o simples fato de caçar o sangue quente em minha boca, era simplesmente divino, eu adorava.

--William James. Espero que tenha terminado por hoje. Porque foi patético.

Jacob Allen, meu melhor amigo estava parado na saída do beco com uma cara de reprovação pelo meu novo robe.

--Jacob. Se estivesse em meu lugar, não diria isso.

A expressão em seu rosto se torna séria.

--Se estivesse em seu lugar não faria isso.

Reviro os olhos e saio falo o mais discreto possível nas ruas. Minha espécie pode sobreviver tranquilamente com as duas  bases de sua alimentação: Sangue e comida humana. Era os pilares do equilíbrio poderia viver apenas de comida humana como base? Não. Não poderia. Meu organismo sempre iria pedir por sangue, é a base da nossa alimentação,  ou seja, quem escolhesse viver se alimentando apenas de sangue poderia sobreviver tranquilamente, mas quem optasse em viver apenas com comida humana, teria que se alimentar com sangue por causa do seu instinto, mesmo que a quantidade disse pequena .