04 - REVELATION GAME

1.4K 170 150
                                    

☆゜・。。・゜゜・。。・゜★

Capítulo 04

☆゜・。。・゜゜・。。・゜★

  Antes

As pequenas gêmeas Morgenstern passaram a se esconder no escritório do pai com bastante frequência. Toda vez que a avó se distraía na estufa e o pai estendia suas horas de trabalho, Penelope e Persefone corriam para o cômodo proibido da casa. Levou alguns meses até que elas estivessem familiarizadas com os livros, levou mais algumas semanas para memorizar ingredientes e possivelmente levariam anos para concretizar o que precisavam. 

Penelope era a mais obstinada das duas, ela não aceitava a possibilidade de uma possível falha. 

— Papai vai ficar bravo no começo. — Ela sussurrava para a irmã enquanto liam sobre feitiços, estudos e casos de bruxos que desafiaram a morte. — Mas depois que ele ver a mamãe e souber que foi algo bom, ele vai nos perdoar. 

Persefone franzia a testa para a irmã. Das duas, Persefone era a mais quieta e introvertida. Penelope era mais falante e mandona, por isso acabava sempre conquistando mais atenção da família, às vezes ela era muito grossa com Persefone que geralmente chorava por tudo. 

Elas espalharam os livros no tapete do escritório do pai e os ingredientes que tinham colocaram no centro do círculo de sal que formaram. 

— Não vamos trazer a mamã ainda, precisamos praticar. — Explicou Penelope em seu tom mandão de sempre. 

— Mas não temos varinha, Penny! — Persefone apertou o gato em seu peito observando a expressão da irmã que exibia um sorriso orgulhoso.

— Para isso não vamos precisar de uma varinha. — Ela disse e estendeu o pulso para a irmã. — Só do nosso sangue e dos ingredientes. 

— O que vamos fazer para treinar? — Persefone observou a lista de ingredientes enquanto Merlin miava em seu colo. 

Um fio de cabelo de um morto.

Elas haviam conseguido fios de cabelo da mãe depois de limpar a escova que ela usava todos os dias. O pai ainda não havia se desfeito dos pertences da esposa. 

Pés de Morcego, visgo do diabo e enxofre haviam conseguido no estoque dos Morgenstern que a avó mantinha na estufa. 

E por fim, algumas gotas de sangue. 

— Invocação, conexão com o além da morte. — Penelope leu cada sílaba devagar no livro. — Precisamos fazer uma ponte com o que está do outro lado. Nos livros do papai explica que só bruxos com habilidades especiais e raras conseguem. 

— Tipo legilimência e clarividência? — Persefone franziu as pequenas sobrancelhas curiosa. 

— Sim! Mas a necromância foi banida e foi por isso que deixou de ser praticada. Mas talvez tenhamos herdado isso da mamãe e do papai. — Penelope sorriu confiante. — Precisamos treinar. 

Penelope amassou os ingredientes em uma vasilha e então tirou do bolso da saia um canivete, ela cortou a palma da mão e sibilou de dor enquanto deixava cair três gotas de seu sangue na mistura. Em seguida entregou o canivete para Persefone que já fazia cara de choro. 

— Anda logo! Deixa de ser um bebezinho! — Penny reclamou jogando o canivete no colo da irmã. 

A menina soltou o gato e fez um corte na mão começando a soluçar, deixou três gotas do seu sangue pingar na mistura e então Penny a empurrou para que ela se afastasse da mistura no recipiente.

✔ AKATSUKI ༻ Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora