05 - THE DESIRE OF POWER

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Caítulo 05
O desejo pelo poder

A AULA DE POÇÕES HAVIA SIDO FÁCIL, previsível e cheia de elogios da parte do Professor Slughorn. Penelope e Tom conseguiam realizar as estapas da poção sem dificuldade e sem bem mesmo precisar se comunicar verbalmente, era estranho como eles sabiam exatamente o qie fazer e como fazer trabalhando os dois. Foi apenas no final da aula que Tom murmurou ao lado da garota:

— Não acha que fazemos um bom time?

— Em poções, sim. — Ela respondeu quase sorrindo.

— Me diga como você fez. — Ele murmurou se aproximando um pouco mais. — Eu quero...

— Quer o quê? — Ela questionou se virando para ele. Tom tinha olhos escuros como os dela e estavam curiosos. — Poder, informações? Eu sei o quê você quer, Tom. Mas o quê você pode me dar?

Ele encarou os olhos dela como seba analisasse cuidadosamente com certabdificuldade em decifrar o quê diabos ela poderia querer.

— Você quer dinheiro? — Ele perguntou incerto.

Ela riu.

— Não! — Ela balançou a cabeça como se o que ele tivesse dito fosse hilário. — Pense um pouco mais.

Foi tudo o que ela disse naquela aula. Tom tentou se concentrar e observar as coisas ao seu redor, os alunos, a explicação do professor, mas tudo parecia algo distante da sua mente. Seus pensamentos sempre voltavam para a garota em busca de uma forma de fazê-la cooperar com ele.

Depois de pensar por um instante e avaliar tudo o que sabia da garota nos últimos meses, concluiu que Persefone era como ele. A única coisa que despertaria o seu interesse seria poder. Tom teve uma ideia e apesar de provavelmente precisar revelar mais do que deveria, talvez valesse a pena. 

***

O dia pareceu extremamente monótono e devagar para Tom, por várias vezes ele olhou para o seu relógio de pulso na expectativa de sentir que ao menos estaria chegando ao final da aula, e depois ao final do dia. Ele deixou um bilhete no bolso das vestes de Penelope e tudo o que precisava fazer era esperar. Ela iria até ele no horário indicado, ele não tinha dúvidas.

Após o jantar, Tom seguiu para a salacomunal descendo até as masmorras. Malfoy, Avery e Lestrange o acompanharam. Eles sentaram nas poltronas ao redor da lareira conversando animadamente sobre o próximo jogo de quadribol. Tom permaneceu em pé caminhando em frente às chamas e olhando de vez em quando no relógio.

Pouco lhe importava a conversa dos colegas e eles já haviam se acostumado com o jeito mais introspectivo dele. Não lhe cobravam respostas, sabiam que poucas coisas despertavam um real interesse nele.

Pouco mais de uma hora depois, aos poucos os rapazes subiam para seus dormitórios. A sala comunal foi ficando vazia, mais silenciosa e escura conforme as lâmpadas e velas dimunuíam. Malfoy e Lestrange foram os últimos a sair.

— Não vai dormir, Tom? — Lestrange perguntou antes de sair.

— Mais tarde. — Tom respondeu de forma objetiva encarando a sua própria sombra que se formava no tapete com a fraca luz da lareira que estava quase se apagando.

Lestrange bocejou e se retirou em direção ao dormitório seguindo Malfoy.

Ele esperou e aqueles instantes pareceram muito mais rápido do que o dia inteiro. Assim como ele supunha, Penelope entrou na sala comunal, silenciosa e obscura como a própria noite, curiosa como uma gata. Ela vestia uma camisola, e um par de meias, apesar de ter saído do dormitório, carregava sua varinha consigo.

Ela se aproximou se colocando ao lado dele e olhando as chamas fracas refleti do sombras pelo chão da sala comunal da Sonserina. Penelope estendeu a mão para ele mostrando o bilhete que ele havia colocado em seu bolso mais cedo.

Me encontre na sala comunal depois da meia-noite.
Sei uma forma de deixar isso mais divertido para você.

— Vejo que ficou mais criativo bem rapidinho. — Ela sorriu olhando para os olhos dele e então para seu corpo notando que ele ainda estava de uniforme. — Poxs, Tom, pensou tanto nisso que nem pensou em se trocar, descansar e deixar para outro dia?

— Não gosto de perder tempo. — Ele disse convicto. — E você gosta de jogar. Então, eis minha proposta...

Ele inclinou levemente a cabeça para a olhar de perto e se aproximou um passo.

— Vamos mostrar o que sabemos fazer, o que somos capazes de fazer. — Ele sussurrou para que só ela pudesse ouvir. Tudo o que havia era a voz suave de Tom e o crepitar baixo da lareira em suas últimas chamas. — Pequenos desafios. Quando eu ganhar, você me ensina algo. Quando você ganhar, eu te entrego algo em troca.

Ela respirou e suspirou considerando a proposta. Então tocou a gravata de Tom e começou a desfazer o nó dela, devagar enquanto dizia:

— Parece interessante. Eu tenho uma proposta para o primeiro desafio.

Ele arqueou a sobrancelha:

— Qual seria?

— Você se diz herdeiro de Sonserina. — Ela relembrou contendo um meio sorriso. — Então já deve saber que Salazar deixou uma herança, algo secreto aqui em Hogwarts para que o herdeiro pudesse usar e expurgar os sangue-ruins do castelo.

Se Tom Riddle fosse capaz de dar um sorriso genuíno, esse foi um dos raros nomentos que ele deu.

— Claro, Morgenstern. Inclusive, ficará satisfeita em saber que estou quase descobrindo o segredo de Salazar. — Ele murmurou enquanto sentia os dedos de Penelope desfazer o nó de sua gravata e afrouxar a capa em seus ombros.

— Ótimo, nosso jogo pode começar aí. — Ela sorriu como uma garota que acabara de encontrar algo encantador. — Vamos ver se dois podem ser herdeiros legítimos.

Naqueles olhos tão sinistros e sedentos como os seus - ou até piores, Tom descobriu algo muito além de poder. Ele sentiu um arrepio percorre-lhe a espinha quando as mãos dela soltaram sua capa, uma sensação que lhe tomava pela primeira vez daquela maneira.

Os dedos de Tom se moveram incertos pela manga da camisola dela.

— Penelope... — Ele murmurou se aproximando até que seu corpo encostasse no dela.

A luz da lareira estava falhando agora, oscilante como se estivesse desesperada para se manter acesa e ele viu o reflexo daquilo nos da garota.

— Me chame pelo meu nome. —Ela sussurrou.

— Persefone... — Ele disse, e soou diferente. Soou mais poderoso, mais prazeroso, como uma invocação ou feitiço proibido. Soou como um segredo.

E o que Tom descobrira ali era algo além do poder, era desejo.

Ele se inclinou em busca de satisfação, porque tudo que ele queria, ele conseguia. E conseguiu despertar uma avalanche quando respirou o perfume dela e a apertou em seus braços. Buscando a resposta do desejo quando seus lábios encontraram os de Persefone.

Ela o beijou no momento em que a luz da lareira morreu e eles nada mais eram do que sombras no castelo. Escuridão se esgueirando para todos os cantos e se encontrando, um jogo de poder e desejo que Tom percebeu que poderia nunca ser o bastante. O gosto de Persefone deveria ser como a de amortentia para Tom, e naquele ponto ele a deixaria fazer dele o jogo que ela quisesse.

Porque ele jogaria para ganhar, e o que ele queria era Persefone Morgenstern.

Ela passou os dedos pelo cabelo dele, acariciou sua nuca enquanto envolvia os lábios dele. O gosto de Tom parecia se espalhar por ela como se ele a alcançasse não só na boca, mas no toque de suas mãos apertando sua cintura e na sua mente inquieta que de certa forma era tão ambiciosa quanto a dela.

De uma maneira assustadora, combinava. E eles estavam prestes a começar uma disputa que marcaria para sempre a escola de Hogwarts. Mas que também marcaria seus destinos, da maneira mais perversa possível.
 
   
   
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notas: eu espero que tenha ficado bom, porque eu nem revisei e é uma cena super importante kkkk mas eu precisava atualizar isso, há dias que não conseguia terminar o capítulo. espero que tenham gostado ❤

✔ AKATSUKI ༻ Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora